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Curiosidades

• 5:55 (foto) é o segundo álbum da cantora e atriz inglesa Charlotte Gainsbourg, 35 anos, filha do cantor e compositor francês Serge Gainsbourg, com a também cantora e atriz inglesa Jane Birkin.

• O registro de estréia de Charlotte Gainsbourg, Charlotte for Ever, foi gravado quando ela tinha apenas 13 anos, com canções escritas por seu pai e inspiradas no filme homônimo, escrito, dirigido e estrelado por ele e a filha. A produção, que narra a história de um escritor decadente muito apegado à filha adolescente, causou polêmia ao mostrar uma cena de nudez de Charlotte, cuja personagem tomava banho enquanto era espiada pelos amigos do pai pelo buraco da fechadura do banheiro. A controvérsia foi ainda maior graças à canção "Lemon Incest", presente no début de Charlotte, cantada em dueto com Serge. No videoclipe da canção, Charlotte aparece semi-nua, deitada em uma cama ao lado do pai, ao som de versos como "o amor que nunca faremos juntos é o mais bonito, o mais violento, o mais puro e o mais inebriante".

Para muitos, 5:55, álbum da atriz e cantora inglesa Charlotte Gainsbourg lançado em setembro do ano passado e que só agora chega às prateleiras nacionais, é um disco de estréia. Isso porque o primeiro registro da filha do ilustre cantor e compositor francês Serge Gainsbourg (1928 – 1991) com a bela atriz e cantora Jane Birkin, foi lançado quando Charlotte tinha apenas 13 anos. Inspirado pelo filme Charlotte for Ever, escrito, dirigido e estrelado por Serge e sua filha, o debut de Charlotte trazia canções escritas por seu pai, entre elas a polêmica "Lemon Incest" (leia mais no quadro ao lado).

No entanto, a parceria familiar que foi motivo de escândalo ao redor do mundo. Além de introduzir a jovem no cinema, o encontro acabou por revelar a faceta musical de Charlotte, que viria à tona ocasionalmente ao longo dos mais de 20 anos que separam seu precoce álbum de estréia de 5:55 – incluam-se aí parcerias com Madonna (na introdução falada de "What It Feels Like for a Girl", do álbum Music, de 2000) e com o multiinstrumentista britânico Badly Drawn Boy (nos backing vocais de seu terceiro álbum Have You Fed the Fish?, de 2002).

Mas, desta vez, Charlotte passa de coadjuvante a estrela principal. Ao invés de contar com as poéticas composições de Serge Gainsbourg (conhecido mundialmente graças ao hino erótico "Je T’Aime...Moi Non Plus"), Charlotte cercou-se de um verdadeiro dream team da música contemporânea de qualidade na realização de 5:55. Aproveitando-se da admiração despertada pela obra musical de seu pai entre nomes da nova geração (basta ouvir o tributo Monsieur Gainsbourg: Revisited, lançado no ano passado, que reúne de Franz Fredinand a Marianne Faithfull), Charlotte escalou a dupla francesa Jean-Benoît Dunckel e Nicolas Godin (Air), que ficaram a cargo das composições e instrumentações. No quesito letras, Charlotte chamou os amigos Jarvis Cocker (Pulp) e Neil Hannon (Divine Comedy), enquanto que a produção foi obra do mago dos estúdios Nigel Godrich (Radiohead).

O resultado é uma homenagem moderna e sofisticada ao legado de Gainsbourg. Vocais sussurrados e as típicas atmosferas eletrônicas do duo Air fazem de 5:55 um álbum para ser ouvido com gosto e atenção, do início ao fim. Charlotte é capaz de ser suave ao narrar a queda de um avião na climática "AF607105" e sensual ao falar sobre o fim de um amor sob o ponto de vista de um médico legista em "The Operation" ("O coração foi rejeitado pelo transplantado", diz o verso final).

Na dançante "Jamais", Charlotte brinca com o mundo cinematográfico e encarna a diva cruel ("Você acha que me conhece e esse é seu problema/nunca se apaixone por uma dublê de corpo"), para em seguida esbanjar doçura na belíssima e masoquista "Beauty Mark" ("esta pequena morte/esta marca de pecado/impressa para sempre na minha pele/eu guardarei para você").

No Cinema

Além de cantora talentosa, Charlotte Gainsbourg é bastante reconhecida e premiada por várias de suas atuações no cinema. Após Charlotte for Ever, de Serge Gainsbourg, ela passou a encarnar papéis que revelavam sua precocidade em produções de grandes cineastas. Sob a direção do françês Claude Miller ela foi agraciada com o Cesar (espécie de Oscar francês) de atriz mais promissora de 1985 por sua performance em A Descarada. Em 1988, ela protagonizou Ladra e Sedutora, filme dirigido por Miller com roteiro de François Truffaut. Entre os destaques de Charlotte nos anos 90, está o drama Obrigado à Vida (1991), de Bertrand Blier; o papel de Jane Eyre na adaptação homônima de Franco Zeffirelli (1996) e a performance em La Bûche (1999), que rendeu-lhe o Cesar de melhor atriz coadjuvante.

Já entre seus papéis mais recentes estão o de Mary Rivers, esposa de Paul Rivers (Sean Penn) no elogiado 21 Gramas (2003), do mexicano Alejandro González Iñárritu; o amor platônico de Gael García Bernal em The Science of Sleep, de Michel Gondry (Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças), ainda inédito no Brasil; além de uma participação em I’m Not There, cinebiografia recortada de Bob Dylan, dirigida por Todd Haynes (Velvet Goldmine), ainda em fase de pós-produção. GGGG

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