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O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei: o último blockbuster laureado | Divulgação
O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei: o último blockbuster laureado| Foto: Divulgação

11 Oscars foi o total de estatuetas entregue a O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei (2003) e Titanic (1997), os últimos blockbusters a serem apontados como melhores filmes pela Academia. Ambos igualaram o recorde de Ben-Hur (1959), também um campeão de bilheteria.

1971 foi a última vez em que todos os indicados ao Oscar de melhor filme (Love Story, Aeroporto, M.A.S.H., Cada um Vive como Quer e Patton, o Vencedor) figuraram no ranking das 20 maiores bilheterias do ano anterior.

US$ 703,3 milhões é o total arrecadado até a semana passada por Gravidade, único dos atuais indicados a melhor filme a entrar no Top 20 da bilheteria internacional. Os outros favoritos, Trapaça e 12 Anos de Escravidão, faturaram até o momento US$ 216 milhões e US$ 126 milhões, respectivamente.

Campeões de 2013

Confira o ranking, atualizado na última quarta-feira, das maiores bilheterias internacionais do ano passado:

Filme Arrecadação (em milhões de US$)

1. Homem de Ferro 3 1.215

2. Frozen, uma Aventura Congelante 980

3. Meu Malvado Favorito 2 970

4. O Hobbit: A Desolação de Smaug 893

5. Jogos Vorazes: Em Chamas 863

6. Velozes & Furiosos 6 788

7. Universidade Monstros 743

8. Gravidade 703

9. O Homem de Aço 668

10. Thor: O Mundo Sombrio 639

11. Os Croods 587

12. Guerra Mundial Z 540

13. Oz: Mágico e Poderoso 493

14. Star Trek: Além da Escuridão 467

15. Wolverine: Imortal 414

16. Círculo de Fogo 411

17. G.I. Joe: Retaliação 375

18. Se Beber, Não Case! Parte 3 362

19. Truque de Mestre 351

20. O Grande Gatsby 351

Fonte: Box Office Mojo.

Disputa acirrada

12 Anos de Escravidão, Gravidade e Trapaça brigam pela estatueta de melhor filme

Leia matéria completa

  • Rain Man, de 1988, um campeão de público relativamente modesto para os padrões atuais
  • A produção que mais faturou em 1962 e que levou a principal estatueta do ano seguinte foi Lawrence da Arábia

A noite do Oscar é a apoteose da indústria cinematográfica norte-americana, a celebração anual de tudo o que é produzido em Hollywood. Por extensão, é também a maior vitrine dos grandes estúdios e dos filmes vistos por dezenas de milhões de espectadores. Quando se lembra de superproduções como ...E o Vento Levou (1939), Ben-Hur (1959) e Titanic (1997), vencedoras na festa e campeãs de bilheteria em suas respectivas temporadas, a ligação entre o grande público e a cerimônia de entrega das estatuetas fica ainda mais evidente. Mas será que ela persiste? A julgar pelo desempenho comercial dos indicados a melhor filme nos últimos anos, o apelo popular dos escolhidos pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas vem perdendo força.

Desde 2004, nenhum ganhador do Oscar de melhor filme figura nas listas das dez maiores bilheterias anuais. A chance de que isso se repita na noite deste domingo é grande: com exce­ção de Gravidade, os indicados ao prêmio principal não estão entre as produções de 2013 que mais arrecadaram. Mesmo feita a ressalva de que muitos desses títulos ainda estão em cartaz, é praticamente impossível que eles igualem as cifras dos atuais blockbusters – em sua grande maioria, filmes de super-heróis, animação ou franquias de ação e fantasia.

O diretor do portal Filme B, especializado em mercado de cinema, Paulo Sérgio Almeida, diz que a diferença entre aquilo que a Academia escolhe e o que lota as salas de projeção mundo afora é apenas a face mais evidente – e recente – de uma contradição que Hollywood vive desde os seus primórdios: "O cinema industrial também é arte, e o cinema de arte também está num contexto comercial".

Para Almeida, a divergência veio à tona com mais força nos anos 2000, quando os grandes estúdios miraram nos espaços multiplex, em expansão principalmente em mercados emergentes da Ásia e da América Latina, e investiram pesado em filmes-produto, facilmente exportáveis. Após a crise financeira de 2008, concentraram forças também em sequências e produções que integrassem uma franquia, nas quais se gasta relativamente menos em divulgação (o público já conhece a saga) e em direitos de filmagem (em geral, previamente adquiridos para outros filmes). "Mas quem é a Academia? Não são os executivos dos estúdios; são os produtores e diretores, e eles escolhem os filmes que conferem prestígio ao cinema americano", diz ele, ao explicar a dicotomia.

Entre 1934 e 2003, foram apenas duas as ocasiões em que o vencedor do Oscar de melhor filme não esteve entre as 20 maiores bilheterias do ano – as exceções foram O Último Imperador (1987) e Marty (1955). De lá para cá, a lógica se inverteu: somente três ganhadores da estatueta mais cobiçada entraram no Top 20 mundial: O Discurso do Rei (2010), Quem Quer Ser um Milionário? (2008) e Os Infiltrados (2006). As informações são do Box Office Mojo, que compila números do mercado cinematográfico global. Rain Man (1988), Kramer vs. Kramer (1979), Rocky (1976), Golpe de Mestre (1973) e O Poderoso Chefão (1972) foram líderes de renda em seus respectivos anos e ganhadores do maior prêmio da indústria, mesmo sem escolher o público adolescente como alvo – e esse tipo de conquista parece cada vez mais no passado.

Para completar a cena do aparente descompasso entre público e Academia, basta verificar que em quatro edições recentes do Oscar (2005, 2006, 2008 e 2012) absolutamente nenhum dos indicados a melhor filme esteve no ranking dos mais rentáveis internacionalmente, fato que nunca havia ocorrido nas sete décadas anteriores. Mesmo títulos que se saíram relativamente bem nas salas dos EUA – como Histórias Cruzadas (2011) e Juno (2007) – acabaram tendo recepção mais fraca em outros mercados.

Quando a Academia aumentou, em 2010, o número de indicados a melhor filme, de 5 para até 10, um dos objetivos declarados era reconquistar o interesse do público pela cerimônia. Com a medida, foi possível incluir na disputa, por exemplo, Up: Altas Aventuras (2009) e Toy Story 3 (2010), sucessos da Pixar com renda acima dos US$ 730 milhões. Porém, isso não se repetiu nas últimas edições da premiação. "O Oscar está perdendo relevância do ponto de vista mercadológico e ganhando como selo de qualidade. Mas o interessante é que ele foi inventado para promover comercialmente o filme americano", conclui Almeida.

Concorrentes

Fotografia

• Gravidade, Emmanuel Lubezki

• O Grande Mestre, Philippe Le Sourd

• Inside Llewyn Davis: Balada de um

• Homem Comum, Bruno Delbonnel

• Nebraska, Phedon Papamichael

• Os Suspeitos, Roger A. Deakins

Montagem

• 12 Anos de Escravidão, Joe Walker

• Capitão Phillips, Christopher Rouse

• Clube de Compras Dallas, John Mac McMurphy e Martin Pensa

• Gravidade, Alfonso Cuarón e Mark Sanger

• Trapaça, Jay Cassidy, Crispin Struthers e Alan Baumgarten

Design de produção

• 12 Anos de Escravidão, Adam Stockhausen (Design de Produção); Alice Baker (Decoração de Set)

• Ela, K.K. Barrett (Design de Produção); Gene Serdena (Decoração de Set)

• O Grande Gatsby, Catherine Martin (Design de Produção); Beverley Dunn (Decoração de Set)

• Gravidade, Andy Nicholson (Design de Produção); Rosie Goodwin e Joanne Woollard (Decoração de Set)

• Trapaça, Judy Becker (Design de Produção); Heather Loeffler (Decoração de Set)

Efeitos visuais

• Além da Escuridão – Star Trek, Roger Guyett, Patrick Tubach, Ben Grossmann e Burt Dalton

• O Cavaleiro Solitário, Tim Alexander, Gary Brozenich, Edson Williams e John Frazier

• Gravidade, Tim Webber, Chris Lawrence, Dave Shirk e Neil Corbould

• O Hobbit: A Desolação de Smaug, Joe Letteri, Eric Saindon, David Clayton e Eric Reynolds

• Homem de Ferro 3, Christopher Townsend, Guy Williams, Erik Nash e Dan Sudick

Figurino

• 12 Anos de Escravidão, Patricia Norris

• O Grande Gatsby, Catherine Martin

• O Grande Mestre, William Chang Suk Ping

• The Invisible Woman, Michael O’Connor

• Trapaça, Michael Wilkinson

Maquiagem e penteado

• O Cavaleiro Solitário, Joel Harlow e Gloria Pasqua-Casny

• Clube de Compras Dallas, Adruitha Lee e Robin Mathews

• Vovô sem Vergonha, Stephen Prouty

Canção original

• "Happy", Meu Malvado Favorito 2

• "Let It Go", Frozen – Uma Aventura Congelante

• "The Moon Song", Ela • "Ordinary Love", Mandela

Trilha sonora original

• Ela, William Butler e Owen Pallett

• Gravidade, Steven Price

• A Menina Que Roubava Livros, John Williams

• Philomena, Alexandre Desplat

• Walt nos Bastidores de Mary Poppins, Thomas Newman

Mixagem de som

• Capitão Phillips, Chris Bur­­don, Mark Taylor, Mike Pres­­twood Smith e Chris Munro

• Gravidade, Skip Lievsay, Niv Adiri, Christopher Benstead e Chris Munro

• O Hobbit: A Desolação de Smaug, Christopher Boyes, Michael Hedges, Michael Semanick e Tony Johnson

• Inside Llewyn Davis: Bala­­da de um Homem Comum, Skip Lievsay, Greg Orloff e Peter F. Kurland

• Lone Survivor, Andy Koya­­ma, Beau Borders e David Brownlow

Edição de efeitos sonoros

• Até o Fim, Steve Boeddeker e Richard Hymns

• Capitão Phillips, Oliver Tarney

• Gravidade, Glenn Freemantle

• O Hobbit: A Desolação de Smaug, Brent Burge

• Lone Survivor, Wylie Stateman

Filme em língua estrangeira

• Alabama Monroe (The Bro­­ken Cir­­cle Breakdown, Bélgica)

• A Caça(Dinamarca)

• A Grande Beleza(Itália)

• A Imagem Que Falta (Camboja)

• Omar (Palestina)

Animação

• Os Croods

• Ernest & Celestine

• Frozen – Uma Aventura Congelante

• Meu Malvado Favorito 2

• Vidas ao Vento

Documentário

• 20 Feet from Stardom

• O Ato de Matar

• Cutie and the Boxer

• Dirty Wars

• The Square

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