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Rossi (ao piano), 24 anos, estudou durante 9 anos em Curitiba com Olga Kiun | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Rossi (ao piano), 24 anos, estudou durante 9 anos em Curitiba com Olga Kiun| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

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A Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP) se apresenta hoje, no Guairão, com solo do pianista catarinense Pablo Rossi no Concerto N.º 1, de Brahms. A apresentação, que terá regência do maestro titular, Osvaldo Ferreira, inclui a famosa Sinfonia N.º 5, de Beethoven (veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo).

O jovem Rossi, que estudou de 1998 a 2006 com Olga Kiun, pianista russa radicada em Curitiba, diz que esta será a segunda vez que se apresenta com a orquestra paranaense, mas lembra que toca com frequência na cidade. "Sempre que venho ao Brasil passo por Curitiba", diz o músico, que atualmente mora em Bruxelas, na Bélgica, depois de viver por seis anos em Moscou, para fazer um mestrado no conceituado Conservatório Tchaikovsky. O pianista veio ao Brasil para se apresentar com a Orquestra Sinfônica Heliópolis e o Coro da Osesp, na Sala São Paulo. Sob regência de Isaac Karabtchevsky, Rossi solou na Fantasia Coral de Beethoven e estreou uma peça de André Mehmari.

Brahms

Para a apresentação com a OSP, Rossi ofereceu algumas opções de seu repertório. "O maestro preferiu o concerto de Brahms, porque acho que é mais fresco na temporada e é uma obra bastante exigente também para a orquestra", explica.

O concerto tem importância especial para Rossi, já que foi sua peça de formatura no Conservatório Tchaikovsky, de onde saiu com o diploma vermelho (tradição nas universidades russas para alunos que se formam com a nota máxima).

O pianista conta que, deliberadamente, começou a tocar as composições de Brahms apenas quando já estava quase no fim do curso. Para Rossi, que tem 24 anos, a obra do compositor alemão exige uma grande maturidade. "O Concerto N.º 1, ao mesmo tempo em que tem uma estrutura muito severa, por outro lado é muito livre quando se fala em interpretação", diz. "É um compositor que exige muita maturidade no sentido de você estar realmente 100% convencido da sua concepção."

A identidade própria exigida do músico para dar originalidade a uma peça tão executada, conforme explica Rossi, é desenvolvida ao longo de muita experiência. "Acho que é um período que está bastante bom para eu criar essa independência", conta o músico.

Antes de partir para Moscou, aos 17 anos, sua principal marca era a de "garoto prodígio", que solou com a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) aos 11 anos.

"Ao mesmo tempo em que tive sorte de ter tido oportunidades de me apresentar como solista tão jovem, hoje falo sinceramente que sou contra isso. Sou contra você explorar ao máximo e querer jogar uma criança nesse mercado, sem estrutura", diz Rossi, explicando que sua opção pela Rússia levou em conta que se trataria de um período de comprometimento com as atividades do conservatório – o que significaria menos concertos e mais estudo. "Esse período de passagem, de quando você é considerado prodígio para a fase adulta é muito complicado e perigoso. Eu tive uma estrutura de estudo muito rígida."

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