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Ozzy presenteou o público com muita espuma disparada de uma mangueira que mantinha no palco | Bruno Alencastro / Correio do Povo
Ozzy presenteou o público com muita espuma disparada de uma mangueira que mantinha no palco| Foto: Bruno Alencastro / Correio do Povo

Quem foi ao show de Ozzy Osbourne em São Paulo, no último sábado (2) sem esperar muito do ex-vocalista do Black Sabbath, levou um choque. Aos 62 anos, e ainda se recuperando das décadas regadas a álcool e outras drogas, o mad man fez um show de uma hora e meia que, debaixo de uma forte chuva, fez ferver a plateia da Arena Anhembi. Foram 15 músicas e muitas caras e bocas, saltos, corridas de um lado para o outro e muitos pedidos de retorno do público, que respondia à altura, aplaudindo, cantando e gritando o tempo todo.

Com uma boa assessoria de palco, Ozzy também interagiu com os presentes arremessados pelos fãs, que intensificaram a performance do astro. A bandeira do Brasil foi colocada nas costas e, depois, enfeitou o palco da bateria. Um morcego de brinquedo levou belas mordidas antes de ser arremessado de volta, fazendo a alegria de algum corajoso que enfrentou a tumultuada primeira fila em frente ao palco.

Ozzy está no Brasil para a divulgação do seu mais recente álbum, Scream (2010), e agora segue para o Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Mas, das músicas novas, apenas "Let Me Hear You Scream" entrou para o set list. Para a alegria de muitos fãs, entre eles da arquiteta da informação Ana Bárbara Vicentin, de 26 anos, não faltaram músicas do Black Sabbath. Ozzy não esqueceu "Fairies Wear Boots", "Iron Man", "Rat Salad", "War Pigs" e "Paranoid", que fechou a apresentação do cantor logo depois da baladinha "Mama I’m Coming Home". "O Ozzy me surpreendeu, ele continua em forma e com aquela voz marcante de sempre. Como sou mais anos 1970, para mim o ponto forte do show foi ele ter tocado as músicas do Black Sabbath", conta Ana Bárbara.

Mas até mesmo para ter todo aquele pique diante do microfone, Ozzy interrompeu o show por alguns (longos) minutos, deixando o palco para seus músicos entreterem a plateia. O primeiro foi o guitarrista Gus G. que, depois de alguns minutos solando em frente ao ventilador, em uma performance completamente poser, arrancou aplausos com um trecho de "Brasileirinho". Depois foi a vez do baterista Tommy Clufetos exibir a própria técnica. O designer gráfico curitibano João Gilberto Santos Neto, de 31 anos, também é baterista e disse não ter ficado tão impressionado com os solos dos músicos de Ozzy. "Eu não consigo fazer aquilo, mas os músicos de bandas grandes como essa conseguem com os pés nas costas", conta, revelando também que a boa forma de Ozzy o surpreendeu e que "Shot in the Dark" foi a música que mais o agradou. A pausa parece ter feito bem ao grande astro da noite, que voltou para levar ao delírio as quase 30 mil pessoas de todas as idades – não era difícil encontrar adolescentes e crianças acompanhadas dos pais entre os roqueiros de plantão.

Noite inesquecível

Se para os fãs que simplesmente presenciaram a apresentação do roqueiro em São Paulo a noite já foi memorável, fica difícil descrever o que significou o dia 2 de abril para a web designer Patrícia Dias, de 32 anos.

Vencedora de uma promoção do twitter, Patrícia partiu de Curitiba em direção a São Paulo com o coração a mil. Além de ganhar um par de ingressos para o show, foi uma entre os felizardos que tiveram a chance de estar cara a cara com o "Príncipe das Trevas" antes do show. "Eu nem dormi na noite anterior de tanta ansiedade. O encontro foi rápido, mal tive tempo de falar com ele, mas foi maravilhoso. Ele me abraçou e autografou meu livro. Foi um sonho que realizei", conta. Além do livro, Patrícia levou para casa uma particular lembrança da lenda viva do rock. "E ele ainda é cheirosinho, tem um cheirinho de talco!", disse. Quem diria?

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