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Miúcha: música  e bate-papo com o público para lembrar dos tempos da bossa nova | Divulgação/ Factoria Comunicação
Miúcha: música e bate-papo com o público para lembrar dos tempos da bossa nova| Foto: Divulgação/ Factoria Comunicação

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Confira a seguir as principais atrações da agenda musical deste final de semana:

Vocal

O Coral Curumin celebra duas décadas de atividades nesta sexta-feira (26), às 20h30, no Teatro Guaíra. A apresentação conta com a participação da Orquestra Sinfônica do Paraná e do Coral Nova Philarmonia, sob regência do maestro Alessandro Sangiorgi.

Leia a programação completa

Miúcha capitaneia uma homenagem à bossa nova neste domingo (28), no Pequeno Auditório do Teatro Positivo. Na primeira parte, ela se apresenta acompanhada do Quarteto Bossa, que aglutina os músicos Leandro Braga (piano), João Lyra (violão), Jamil Joanes (contrabaixo) e Ricardo Costa (baterista). Posteriormente, Os Cariocas entram em cena. E, ao final, Miúcha e Os Cariocas encerram o espetáculo.

"O roteiro é belíssimo." Assim Miúcha definiu o show, em entrevista à Gazeta do Povo. Clássicos como "Corcovado", "Samba do Avião", entre outros patrimônios musicais brasileiros, fazem uma espécie de radiografia de um Rio de Janeiro de 50 anos atrás. "Além das canções, também conto histórias e recupero a memória daqueles anos", diz. E ela conviveu – visceralmente – com alguns dos protagonistas do movimento musical brasileiro que mais obteve repercussão em âmbito planetário.

Na época em que a bossa nova fervilhava, Miúcha – filha do historiador Sérgio Buarque de Holanda e irmã de Chico Buarque – estava na Europa. "Meu envolvimento com a bossa nova se deu posteriormente." Ela foi viver em Nova Iorque e, em 1965, casou com João Gilberto, com quem teve a filha Bebel Gilberto – o casamento durou uma década. "Tom Jobim foi o meu melhor amigo. E o Vinicius de Moraes me ensinou a tocar violão", conta. Nuances desse passado serão reveladas ao público curitibano no show deste domingo, entre uma e outra canção.

Nova Iorque também foi cenário de uma feijoada, numa já longínqua década de 1960 – ocasião em que Miúcha conheceu os músicos de Os Cariocas. "Dividir o palco com esses músicos extraordinários, que já nos anos 1960 encantaram o maestro Quincy Jones, é um grande prazer", afirma Miúcha.

De outros tempos

Miúcha enfatiza que esse show também tem a finalidade de recuperar o "tempo" da época bossa-novista. "Entre as músicas, eu converso. Isso remete aos bate-papos que existiam naquela época, e que hoje parecem não ter mais espaço para acontecer." A percepção do presente, para Miúcha, é que hoje não há mais tempo. "Agora, estou sempre atrasada. Antes, entre outras coisas, sempre era possível pedir mais um chope." Na casa em que ela nasceu e cresceu, no bairro do Pacaembu, em São Paulo, a porta estava sempre aberta. "Papai (Sérgio Buarque de Holanda) me ensinou o que é a amizade. Apesar de muito erudito, ele valorizava os bate-papos, sem hora para terminar."

O show que acontece em Curitiba neste domingo faz parte do projeto Itaúbrasil, do Banco Itaú, que em 2008 presta homenagem aos 50 anos da bossa nova e que já patrocionou os shows de Caetano Veloso e Roberto Carlos em tributo a Tom Jobim, assim como as mais recentes apresentações de João Gilberto.

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