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É possível calcular o valor monetário de uma floresta intacta ou os custos, em dólares, da extinção de uma espécie animal? Essa tema controverso começou a ser debatido ontem na COP8 pelos delegados dos 172 países que participam da conferência. Para muitos, não se pode mensurar em termos financeiros o valor da biodiversidade. Mas, para uma corrente de pesquisadores, não só é possível como necessário fazer essa medição. Segundo eles, somente pela quantificação dos custos da perda de um ambiente natural é possível impedir que eles venham a ser substituídos por atividades econômicas insustentáveis.

Dados divulgados no Expo Trade Pinhais nesta sexta-feira pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) mostram que há muitos exemplos de que a natureza produz mais riqueza para os homens em pé do que derrubada para a exploração econômica. Segundo o Pnuma, por exemplo, a exploração comercial de peixes dos recifes de coral do Caribe, para alimentação ou para o mercado de aquários ornamentais, rende anualmente US$ 300 milhões. Segundo o porta-voz do Pnuma, Nick Nuttal, a indústria do turismo nestes recifes, uma atividade não-predatória, gera mais dinheiro: US$ 2 bilhões por ano.

Nuttal ainda citou o exemplo de Nova York, que estima ter economizado de US$ 3 bilhões a US$ 5 bilhões na compra de equipamentos de purificação da água usada no abastecimento somente com investimentos na recuperação ambiental dos mananciais de abastecimento. Matas ciliares, por exemplo, filtram a água das enxurradas que, caso contrário, poderiam levar terra e impurezas para o rio.

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