• Carregando...

Continuar sendo pioneiro mesmo depois de 88 anos de história é mais uma conquista do antigo casarão do número 1.157 da Rua Carlos Cavalcanti. Erguido como casa do advogado Benjamin Lins em 1918, o prédio ficou famoso a partir dos anos 60 como a sede do movimento estudantil de Curitiba. Depois de ser tomado à força dos estudantes pela ditadura, voltou a ser do povo em 1983. Mas foi só em 2002, com uma reforma completa, que o casarão ganhou vida nova. Agora, a União Paranaense de Estudantes abriga no espaço um projeto que de alguma maneira se tornou piloto no estado.

A UPE foi a primeira instituição em Curitiba a implantar um Ponto de Cultura, programa criado pelo Ministério da Cultura (MinC). Cada ponto selecionado ganha R$ 180 mil para trabalhar por dois anos com uma obrigação básica: difundir a cultura na cidade em que for criado. O público principal é o de baixa renda, que tem mais dificuldade para ter acesso a cursos e oficinas como os que são ministrados nesses locais.

Na UPE, o foco principal do projeto ficou mesmo para o desenvolvimento de novos talentos. "Nossa principal oficina é a de rádio para internet", afirma o presidente da instituição, Arilton Freres, que promete colocar no ar em breve uma estação programada pelos integrantes do projeto. Para o próximo semestre, também serão ofertadas oficinas de teatro, artes plásticas, cinema, dança contemporânea e cultura digital, além de cursos de violão e espanhol.

Com a aprovação de novos projetos em Curitiba em outros editais do MinC, o número de pontos de cultura no estado crescerá para 18. E a verba destinada a todos eles em dois anos passará de R$ 2,7 milhões. Agora, para tudo dar certo, só é necessário que os gestores usem bem o dinheiro que receberão.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]