Paraná “domina” o Jabuti

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Dois paranaenses foram os vencedores em categorias importantes da 53.ª edição do Prêmio Jabuti, que teve o resultado divulgado na tarde de ontem: o escritor curitibano Dalton Trevisan foi o escolhido na categoria contos e crônicas, com o livro Desgracida, publicado no ano passado, e o jornalista Laurentino Gomes levou o troféu em reportagem, com o best-seller 1822. Já o carioca radicado em Curitiba José Castello venceu o prêmio de melhor romance com Ribamar. Os ganhadores foram anunciados durante a apuração, em tempo real, pelo twitter oficial da Câmara Brasileira do Livro (CBL).

Desgracida é dividido em duas partes: "Ministórias", com contos do autor; e "Mal Traçadas Linhas", com cartas de Trevisan para amigos e personalidades. Com a conquista, o escritor acumula quatro Jabutis na mesma categoria. Venceu, em 1960, com Novelas Nada Exemplares; em 1965 com Cemitério de Elefantes; e em 1995 com Ah, É?.

Em Ribamar, Castello mistura realidade e ficção ao tratar sua relação com o pai, ao mesmo tempo em que faz um ensaio livre sobre a obra de Franz Kafka, mais especificamente a obra Carta ao Pai. Laurentino Gomes é hoje um dos autores mais vendidos do país. Os livros 1808 (lançado em 2007, que aborda a chegada da família real ao Brasil) e 1822 (que analisa a independência nacional) venderam juntos mais de 1 milhão de exemplares até setembro deste ano. Além disso, a obra Os Satyros, de Germano Pereira, que conta a história da companhia de teatro de mesmo nome, fundada em São Paulo pelo paranaense Ivan Cabral, ganhou o Jabuti na categoria artes.

Cada autor recebeu um valor de R$ 3 mil. Nesta edição do Jabuti, o número de categorias subiu de 21 para 29, e cada uma teve apenas um vencedor – antes, três publicações eram escolhidas. As escolhas de livro do ano ficção e não ficção serão anunciadas no dia 30 de novembro.