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Atacante holandês Van Persie marcou na vitória do Manchester | Phil Noble/Reuters
Atacante holandês Van Persie marcou na vitória do Manchester| Foto: Phil Noble/Reuters

Editor da Gazeta também concorre

Outros dois livros paranaenses disputam o Jabuti em uma categoria de não ficção. O editor de Economia da Gazeta do Povo, Franco Iacomini Júnior (foto) disputa o Jabuti na categoria Didático e Paradidático, com o livro Competências do Século 21, que assina em conjunto com as jornalistas Marina Vidigal e Maria Celeste Corrêa. A publicação da editora Aymará faz parte da série Áreas do Conhecimento, e ensina economia para crianças a partir da pré-escola. Na mesma categoria, está também o livro Ilustração Botânica: Princípios e Métodos, da professora baiana radicada em Curitiba Diana Carneiro, publicado pela Editora UFPR, sobre suas experiências em pintura botânica.

Quanto a sua importância e visibilidade, o Prêmio Jabuti é praticamente um Oscar da literatura brasileira. Concedido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), o prêmio chega a sua 53.ª edição, com o anúncio dos dez finalistas em cada uma das 29 categorias que contemplam obras de ficção e não ficção, além de trabalhos relacionados a publicações na área de projeto gráfico, capa e ilustração, entre outros, na última quinta-feira, dia 20.

Entre os finalistas das principais categorias de literatura, oito obras de autores paranaenses concorrem aos prêmios de R$ 3 mil dado para o primeiro lugar em cada uma. E a categoria Romance, uma das mais importantes do prêmio, tem três desses nomes: Oscar Nakasato, professor da Universidade Tecnológica do Paraná, do câmpus de Apucarana, com o livro Nihonjin disputa com os conterrâneos Domingos Pellegrini, com Herança de Maria, e Wilson Bueno, falecido em 2010, com a publicação póstuma Mano, a Noite Está Velha. A categoria ainda contempla obras de autores premiados, como Infâmia, de Ana Maria Machado; Habitante Irreal, de Paulo Scott; e Procura do Romance, de Julian Fúks. Pellegrini disputa também o prêmio na categoria Juvenil, com a novela Estação Brasil.

O autor natural de Londrina que já recebeu diversas indicações ao prêmio e levou dois primeiros lugares, com O Homem Vermelho, em 1977, e O Caso da Chácara Chão, em 2001, além de dois segundos lugares e dois terceiros lugares, diz que a indicação é importante e acredita que o prêmio auxilia a obra a ganhar visibilidade. "Exigi em contrato que a editora inscrevesse meus livros nos prêmios, talvez as indicações sejam decorrência disso. É um grande reconhecimento", afirma.

Poeta

Em Poesia, a professora, poeta e tradutora Josely Vianna Baptista, com a obra Roça Barroca, concorre com Curare, do músico e poeta Ricardo Corona o primeiro ligar na categoria junto com Nuno Ramos, Age de Carvalho e Affonso Romano de Sant’Anna. A mesma que, no ano passado, rendeu a Ferreira Gullar e seu Em Alguma Parte Alguma, o prêmio de Livro do Ano – Ficção, concedida somente no dia da entrega dos troféus, o prêmio máximo do Jabuti.

Mas é na categoria Contos e Crônicas, porém, que a disputa mais se acirra. Dalton Trevisan concorre de novo na categoria que lhe premiou no ano passado com Desgracida, desta vez com o livro O Anão e a Ninfeta. Juntam-se a ele na disputa o conterrâneo Luis Henrique Pellanda, com as crônicas Nós Passaremos em Branco, e outros gigantes da literatura brasileira, como Passaporte para a China – Crônicas de Viagem, de Lygia Fagundes Telles; Axilas e Outras Histórias Indecorosas, de Rubem Fonseca; O Livro de Praga, de Sérgio Sant’Anna; e Vento Sul, de Vilma Arêas.

Surpreso com a notícia, Pellanda explica a importância da indicação: "O escritor é sempre inseguro em suas escolhas, e indicações como a do Jabuti sempre servem como incentivo. Eu publiquei o meu primeiro livro há três anos, e estar agora entre os dez do Jabuti é um reconhecimento".

Reflexo

Para Pellanda, a quantidade de indicações vindas do Paraná reflete um bom momento da literatura, que Pellegrini aponta existir desde Emiliano Perneta e Nestor Victor. "Em dez anos, Curitiba perdeu quatro grandes nomes da literatura: Jamil Snege, Manoel Carlos Karam, Valêncio Xavier e Wilson Bueno. Sobretudo para nós, escritores, é uma perda de referencial, da vontade de superá-los. Por outro lado, muitos bons autores têm publicado constantemente, e talvez isso tenha se refletido nas indicações", explica Pellanda, e completa, sobre concorrer com Dalton Trevisan: "O Dalton é muito importante na minha formação, porque eu moro e escrevo na cidade que o Dalton construiu. Foi ele quem me ensinou que era possível ser escritor em Curitiba".

O resultado do Prêmio Jabuti será divulgado no dia 18 de outubro, e a premiação acontece no dia 28 do mesmo mês, quando ocorrem também a entrega dos prêmios de Melhor Livro do Ano na categoria Ficção e Não Ficção.

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