
Há quem diga que o irmão é o pior inimigo, e esta idéia conduz o filme italiano Meu Irmão É Filho Único, do diretor Daniele Luchetti, que estréia nesta sexta-feira (5) em Curitiba.
O conflito, presente no imaginário humano pelo menos desde o impasse entre os bíblicos Caim e Abel, é problematizado no filme: durante as décadas de 1960 e 1970, em uma cidadezinha italiana, os irmãos Accio (Elio Germano) e Manrico (Riccardo Scamarcio) se tornam rivais. Estão em lados opostos em praticamente tudo, até que se apaixonam por uma mesma mulher, Francesca (Diane Fleri). A partir disso, até uma hecatombe pode acontecer.
Enquanto o mais velho, Manrico, é comunista, o caçula, Accio, é fascista. Durante 15 anos, em meio às turbulências políticas da Itália, a dupla irá se chocar, confrontar, provocar, debater e discutir até, finalmente, amadurecer.
Nos derradeiros fragmentos da película, uma trégua se insinua, não sem doses de humor e pitadas de drama. O filme foi apontado pela crítica como um dos mais inventivos momentos do cinema italiano recente.



