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O Espelho, para poucas pessoas, começa com café e bolo | Roberto Setton/Divulgação
O Espelho, para poucas pessoas, começa com café e bolo| Foto: Roberto Setton/Divulgação

Serviço

O Espelho

Bosque do Papa. Dias 30 e 31 de março, às 11 e 16 horas. R$ 60 e R$ 30 (meia-entrada, inclusive para assinantes Gazeta do Povo). Classificação indicativa: livre.

A Festa

Teatro Novelas Curitibanas (R. Carlos Cavalcanti, 1.222 – São Francisco), (41) 3321-3358. Dias 28 e 29 de março, às 20 horas. R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada). Classificação indicativa: livre.

  • A Festa coloca o público ao redor das cenas e joga com a plateia

No Fringe, mostra paralela do Festival de Teatro, já é clássica a ocupação de espaços não convencionais e ao ar livre. Na edição do evento deste ano, a mostra principal absorve um pouco dessa atmosfera no espetáculo O Espelho, que será apresentado no Bosque do Papa dias 30 e 31 de março.

O grupo paulistano Opovoempé trabalha desde 2005 com questões como a interação do espectador. Em O Espelho, convida cerca de 15 pessoas para sentarem-se ao redor de uma mesa, debaixo de árvores, e ali comer bolo com café enquanto conversam. O que os atores têm para dizer é poroso, ou seja, permite intervenções do público a qualquer momento – bem como num bate-papo entre amigos num fim de semana.

A dramaturgia parte de memórias reais dos integrantes do grupo.

Numa segunda parte, todos são convidados a ouvir, individualmente, fitas cassete em que estão registrados depoimentos de pessoas entrevistadas durante a pesquisa para o espetáculo – aqui, percebe-se a sintonia com a curitibana CiaSenhas, que partiu de proposta semelhante em Homem Piano – Instalações para a Memória.

"O barato é que as pessoas levam os filhos, e mesmo as crianças ficam interessadas na conversa", contou à reportagem a diretora Cristiane Zuan Esteves.

Paralela

O Espelho faz parte de uma trilogia que investiga o tempo: sua passagem, seus efeitos, a velocidade com que vivemos. A Festa, que a companhia apresenta no Fringe, no Teatro Novelas Curitibanas, aborda a preciosidade dos momentos da existência.

Na entrada, cada espectador tem os dias de sua vida contados. Em seguida, as atrizes propõem jogos, direcionando algumas perguntas. As respostas servem de material para continuar com o embalo. "O ator tem de estar muito vivo para interagir", conta Cristiane.

De acordo com a diretora, as interações do público são todas espontâneas, sem que haja constrangimento.

O terceiro espetáculo que compõe a pesquisa do tempo de Opovoempé é O Farol, que se passa num trem em movimento, com saída de um hotel chique e chegada na periferia de São Paulo. A dificuldade logística não permitiu que essa peça fosse incluída na passagem por Curitiba.

Em 2009, o grupo chamou a atenção da crítica com AquiDentro e AquiFora, listados entre os dez melhores espetáculos da década passada pela revista Cult.

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