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Desenvolvimento

Peça de Chékhov é usada para alertar contra o fumo

 | Denise Giussani/Divulgação
(Foto: Denise Giussani/Divulgação)

Uma peça irônica em um ato em que Anton Chékhov escancara as dores de um casamento se tornou uma ferramenta para manter adolescentes longe do cigarro no interior do Paraná. A Confraria Cênica, que montou Os Male­­fícios do Tabaco (escrito entre 1886 e 1889) em 2008, com o nome Entre Bitucas e Fumaça, agora leva o trabalho para 40 cidades do Paraná e 10 de Santa Catarina, incluindo os 25 municípios paranaenses com menor Índice de Desenvolvimento Humano. O projeto, possível graças ao edital Myrian Muniz, vencido pelo grupo, terá duração de quatro meses.

A turnê parte hoje em direção a Mariluz, no Norte do estado. Na maior parte das cidades, as apresentações acontecerão em escolas, mas o grupo se prepara para ocupar de salões paroquiais a refeitórios.

A obra conta a história de Kin (no original, Ivan Ivánovitch Niúkhin), homem solitário cuja mulher o inferniza há 30 anos. Ela o convence a dar uma palestra sobre, como diz o título, os malefícios do cigarro. O problema é que o sujeito é fumante inveterado, e durante sua fala acaba confessando problemas íntimos e expondo suas misérias.

Em sua montagem, a Con­­fraria usa um ofurô, onde Kin está preso a uma tenda de oxigênio, e foi acrescentado um médico que traz a atual visão politicamente correta sobre o fumo.

Kin é vivido por Luiz Car­­los Pazello (foto), sob direção de Sílvia Monteiro. O curioso é que o ator era fumante até um ano atrás. "Quando parei, pensei que era hora de seguir com o projeto", contou à Gazeta doPovo.

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