Pequena Londres do Teatro

• 0

Na próxima quarta-feira, dia 6, Londrina volta a ficar repleta de visitantes que vêm para participar da 39.ª edição do Festival Internacional de Londrina – Filo. Durante 18 dias, a cidade será um grande palco que reunirá apresentações de espetáculos de 40 companhias locais, nacionais e internacionais – estas últimas, provenientes da Espanha, Inglaterra, França, Bélgica, Suíça, Rússia, Estados Unidos, México e Colômbia.

A diversidade de origens combina perfeitamente com a temática do Filo para este ano: a diversidade. Para explorar o conceito, a organização do festival selecionou companhias que têm como preceito a variedade de gêneros, formatos e públicos. Por isso, será possível encontrar, em um mesmo evento, várias formas de teatro: clássico, com bonecos, com objetos, de sombras, de animação, de rua, de dança contemporânea, de circo e mágica, musical. Para viabilizar a vinda de companhias internacionais, a organização compartilha seus espetáculos, criando uma espécie de circuito entre festivais que acontecem em junho. A abertura do Filo será feita pela companhia colombiana L’Explose, que apresenta o espetáculo de dança contemporânea La Mirada del Avestruz. Nove personagens movimentam-se em um espaço cênico coberto de terra para tratar de temas relacionados à memória coletiva de um país. A Big Dance Theatre, de Nova Iorque, vem pela primeira vez ao Brasil para apresentar The Other Here, uma mistura de dança, teatro, música e design visual que trata da obscenidade da vida nos dias atuais. No palco, que é também mesa e chão, os atores revelam uma realidade paralela inspirada em histórias do lendário escritor japonês Msuji Ibuse. Entre os espetáculos estrangeiros, destacam-se também Mobile Homme, da companhia francesa Transe Express, uma performance aérea musical de percussionistas e uma trapezista a 40 metros de altura; Memorie de la Nuit, do mímico suíço Phillip Boë, que mistura teatro e mágica para contar uma história policial; Ketza, da companhia russa Derevo, que volta ao Filo com um espetáculo visual impactante; Johnny Cogió su Fusil, da espanhola Fundaciones Teatrales, uma adaptação do romance Johnny vai à Guerra, de Dalton Trumbo; e, Medea, da Atalaya, outra companhia espanhola que retorna a Londrina. O que é daqui O experimentalismo continua sendo a grande aposta do Filo. A característica se ressalta nos espetáculos de companhias nacionais como o romance-em-cena O Púcaro Búlgaro, dirigido por Aderbal Freire-Filho, que no ano passado conquistou o prêmio Eletrobrás 2006 de melhor espetáculo, diretor e ator. Feito para comemorar os 25 anos do Grupo Galpão, o espetáculo Pequenos Milagres faz sua estréia fora de Belo Horizonte, sede da companhia. A direção é do londrinense Paulo de Moraes, da Companhia Armazém, que assina a dramaturgia com o conterrâneo Maurício Arruda Mendonça. Também estarão na cidade os espetáculos O Círculo de Giz Caucasiano, da Companhia do Latão; Abre as Asas Sobre Nós, do premiado autor Sérgio Roveri; Zona de Guerra, da Triptal de Teatro, que esteve no Festival de Teatro de Curitiba deste ano; e a curitibana Graphic, da Vigor Mortis, entre outros destaques. A programação completa com dias, horários e locais de apresentações está disponível no site www.filo.art.br.ß Da redação

‹ Serviço: Festival Internacional de Londrina. De 6 a 23 de junho. Ingressos à venda no Royal Plaza Shopping (R. Mato Grosso, 310 – Londrina) a R$ 10, R$ 5 (meia). Informações pelo telefone (43) 3324-9202.