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A comédia dramática norte-americana Cyrus, de Jay e Mark Duplass, é a prova de que, com um bom roteiro e atores competentes, se vai bastante longe. No centro da trama, uma provocativa discussão sobre masculinidade e os duros processos pelos quais muitos homens têm de passar para se tornarem adultos.

Trata-se da história de dois meninos grandes. John, o protagonista vivido pelo ótimo John C. Reilly, é o mais patético, por já ter passado dos 40. Divorciado há sete anos da mulher (Catherine Keener), que está prestes a se casar com outro homem, ele está mergulhado numa profunda imobilidade emocional. Não consegue iniciar novos relacionamentos, mora só em uma casa toda desarrumada e segue cometendo sucessivas burradas.

Até surgir Molly (Marisa Tomei), que parece não se importar muito com as limitações de John e consegue enxergar suas muitas, porém ocultas, qualidades. Mas nada é tão perfeito: a moça tem um filho, o tal Cyrus (Jonah Hill, de Superbad) que dá título ao filme, um rapaz de 21 anos que vive com a mãe uma relação edipiana.

Quando Cyrus percebe que, pela primeira vez, Molly pode realmente estar se apaixonando por um homem que não ele, o garoto surta. Da mesma forma com que John não consegue se desvencilhar da relação, hoje quase filial, que ainda mantém com a ex-mulher.

O filme fala do embate entre dois homens, em momentos distintos de suas respectivas existências, que se recusam a crescer. Terão de aprender um com o outro, se não se matarem antes.

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