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O produtor de TV Aaron Spelling, de 83 anos, responsável por seriados como "As Panteras", "Ilha da Fantasia", "Dinastia", "Barrados no Baile" e "Barco do Amo" morreu em Los Angeles nesta sexta-feira, dias após sofrer um derrame. De acordo com o porta-voz Kevin Sasaki, Spelling morreu em casa.

Spelling, um veterano de guerra, se tornou um dos mais ricos e poderosos homens em Hollywood. Nativo do Texas, terra do presidente americano George W. Bush, ele entrou no Guiness Book como o mais criativo produtor do mundo.

Poucas pessoas influenciaram mais os hábitos dos telespectadores e talvez a visão internacional da cultura americana, quanto Spelling. Apesar de seus shows serem criados por outras pessoas, o toque de Spelling ajudou a delinear tramas e personagens.

Muitas séries produzidas por Spelling ofereciam um toque de riqueza e pessoas bonitas, cujas vidas, normalmente, eram miseráveis. Um lembrete de que a grama do vizinho nem sempre é mais verde. O mesmo pode ser dito sobre sua vida. Tímido e recluso, ele raramente saía de sua mansão de 123 quartos em Holmby Hills, um exclusivo subúrbio de Los Angeles.

Aaron começou sua carreira em Hollywood em 1953 como ator, interpretando vilões e perdedores em westerns da TV americana como "Gunsmoke". Ele logo percebeu que era melhor atrás das câmeras, trabalhando como escritor e depois, como produtor. Seu maior sucesso veio em 1963, como "Burke's Law", que trazia o ator Gene Barry como um detetive milionário. Com "The Mod Squad", uma séria sobre três delinqüentes que se tornaram combatentes do crime, Spelling entrou na contracultura. A série foi transmitida na rede ABC de 1968 até 1973.

Logo o produtor se tornou o dono virtual do horário nobre da ABC. Durante os anos 80, ele foi o rei das novelas americanas com "Dinastia". A série fez da atriz Joan Collins uma estrela por sua vilã Alexis. Após um período parado, Spelling voltou com o sucesso de 1990 "Barrados no Baile", que trouxe sua filha, Tori Spelling, como uma das atrizes principais.

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