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Os nossos avôs, ou mesmo pais, não poderiam imaginar a que ponto a fotografia chegaria hoje. Não basta que a tecnologia digital esteja eliminando a película e o processo químico. Também já deu conta de embutir câmeras nos telefones celulares. A maioria de aparelhos móveis, que fará a festa dos comerciantes e dos consumidores neste Natal, contará com uma pequena lente capaz de captar não apenas fotografias, mas também vídeos curtos.

As vantagens são óbvias. É possível capturar uma quantidade de imagens que beira o infinito e ter a liberdade de apagar (ou "deletar" para os mais novos) aquelas indesejadas em uma questão de instantes – ou toques digitais. Não é necessário sequer o processo de revelação, a não ser que o usuário insista em imprimir suas fotos em um suporte físico. A miniaturização dos telefones empacotou todas essas vantagens em pequenos dispositivos plásticos a preços razoáveis.

Paradoxalmente (ou não), a fotografia também conquistou os espaços institucionais da arte. Foi absorvida pelas chamadas artes plásticas, agora preferencialmente batizadas de artes visuais (para traduzir a profusão suportes e fusões). Considerável parte da Bienal de São Paulo não seria possível sem a fotografia.

A cidade de Curitiba, por sua vez, já foi palco de uma semana e uma bienal exclusivamente dedicadas à técnica e seus gêneros e variações. Os anos 2000 viram o surgimento de escolas e cursos, galerias e espaços expositivos, inclusive em bares e restaurantes (leia quadro ao lado). O Museu Oscar Niemeyer também abriu um espaço exclusivo, a Torre da Fotografia. Atualmente, várias exposições de fotos estão em cartaz em diversos cantores da cidade. Um sintoma que não pode ser desprezado de uma febre que não dar sinais de ser passageira.

Democratizada ou banalizada, a fotografia vive hoje uma diversidade de ramificações, sejam em trabalhos amadores, comerciais ou autorais. O Caderno G conversou sobre o assunto com alguns profissionais do meio.

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