• Carregando...
 | /
| Foto: /

A casa de leilões dos Estados Unidos Christie’s anunciou, nesta quarta-feira (25), um óleo de Picasso que deve estabelecer a marca de obra de arte mais cara já leiloada.“Les femmes d’Alger (Version “O”)”, trabalho cubista vibrante posto à venda pela última vez em 1997, quando obteve quase o triplo do preço esperado, está estimado em cerca de 140 milhões de dólares, o valor mais alto já pedido por uma obra de arte levada a leilão.

As estimativas pré-venda não incluem a comissão padrão, de pouco mais de 12 por cento, o que elevaria o preço final acima dos 155 milhões de dólares se a Christie’s tiver avaliado corretamento o apelo do quadro para um mercado global de endinheirados ávidos por obras vistosas cada vez mais escassas.

A obra mais cara já leiloada, o tríptico “Three Studies of Lucian Freud”, de Francis Bacon, foi arrematada por 142,4 milhões de dólares, incluindo a comissão, em novembro de 2013, embora várias obras tenham sido vendidas por valores maiores no mercado privado.

“Ficou claro que os muitos novos colecionadores globais atrás de obras-primas estavam esperando que um Picasso icônico aparecesse no mercado”, disse Jussi Pylkkanen, presidente global da Christie’s. “Nenhum é mais icônico que ‘Les femmes d’Alger’“.

Brooke Lampley, responsável por arte impressionista e moderna da Christie’s de Nova York, falou sobre o que classificou como o poder extraordinário do quadro.

“Este é o Picasso desbravador nos deslumbrando com suas habilidades e ao mesmo tempo prestando homenagem aos grandes mestres que vieram antes dele”, como Ingres, Delacroix e seu grande rival, Matisse.

“É a pintura perfeita para liderar uma nova venda dedicada à inovação e à inspiração artísticas”, acrescentou, referindo-se ao leilão da Christie’s de 11 de maio, “Looking Forward to the Past” (‘Esperando Ansiosamente pelo Passado’), que amplia os leilões semi-anuais de arte impressionista/moderna e comtemporânea.

Picasso pintou uma série de 15 variações das “Les femmes d’Alger” de Delacroix entre dezembro de 1954 e fevereiro de 1955, nomeando suas versões de A a O, e as concebeu como uma elegia a seu amigo e concorrente Henri Matisse, que morreu semanas antes de Picasso iniciar sua série.

Nos últimos anos, a Versão O decorou galerias do Museu do Louvre em Paris, da National Gallery de Londres e da Tate britânica.

A obra foi parte da coleção de Victor e Sally Ganz, que em 1997 estabeleceram um recorde de leilões de vendedores individuais, obtendo um total de 206,5 milhões de dólares.

Antes de ser vendido, o quadro fará uma turnê internacional com exibições públicas em Hong Kong, Londres e Nova York.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]