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Dezenove peças e um ensaio aberto vão compor a mostra principal do Festival de Teatro de Curitiba de 2006, que começa no dia 16 de março. A lista de espetáculos acaba de ser concluída e inclui alguns dos grupos mais tradicionais do país, como os Parlapatões e o Galpão, mesclados a atrações menos conhecidas. A idéia da organização é apostar em companhias que tenham se destacado em outros festivais e no Fringe do próprio festival curitibano em anos anteriores.

Duas peças serão apresentadas por grupos revelados na mostra paralela. Uma delas, que faz a sua estréia nacional em Curitiba, é Amores Surdos. A montagem é do grupo mineiro Espanca!, que no ano passado conquistou a crítica com sua peça Por Elise. Depois da passagem por Curitiba, a companhia ganhou convites para viajar por todo o país. A outra é Hygiene, do paulistano Grupo XIX, que apresentou no festival de 2004 a peça Hysteria.

O último contrato assinado pela organização neste ano, que fechou a lista da Mostra de Teatro Contemporâneo, é para um ensaio aberto de Ricardo III. A peça, com texto de William Shakespeare, será dirigida por Jô Soares e tem Marco Ricca como ator principal. "Esta é a segunda vez que apresentaremos uma peça ainda em processo de ensaio na mostra principal", afirma Victor Aronis, diretor do festival. A primeira foi O Burguês Ridículo, com Marco Nanini.

Entre as peças, há mais um texto de Shakespeare, também com rostos conhecidos da televisão. Antônio e Cleópatra, dirigida por Paulo José, traz nos papéis centrais Caco Ciocler e Maria Padilha. Outros globais que vão se apresentar em Curitiba são Júlia Lemmertz, em Molly Sweeney – Um Rastro de Luz, dirigida por Celso Nunes, e José de Abreu, no espetáculo Fala, Zé.

Apenas uma peça montada em Curitiba participa da mostra contemporânea. É Mirandolina, baseada em um texto da Comédia Dell’Arte italiana. A direção é do italiano Roberto Inoccente, que se radicou em Curitiba no ano passado, depois de ter vindo à cidade para dirigir uma montagem da ópera La Bohème. Ele faz o espetáculo em parceria com o grupo de Mauro Zanatta, diretor da Escola do Ator Cômico.

Além de Shakespeare, há outros nomes importantes da dramaturgia e da literatura internacional no festival. O grupo Leões de Circo, do Rio de Janeiro, vai encenar As Descobertas da América, do italiano Dario Fo, vencedor do prêmio Nobel de Literatura. Já o Teatro de Narradores apresenta Nossa Casa de Boneca, inspirada em texto do norueguês Henrik Ibsen. O romance Werther, de Goethe, também serve de base para uma peça do festival, dirigida por Antônio Gilberto.

Aronis diz que a mostra não tem altos e baixos, mas sim um perfil equilibrado. Para ele, os destaques ficam por conta de algumas apostas feitas. "Teremos mais espetáculos na mostra principal, incluindo grupos menos conhecidos. Também teremos mais espetáculos de rua", aponta ele, que é um dos responsáveios pelo evento desde sua primeira edição, em 1992.

Além da mostra principal, o festival contará com cerca de 200 peças no Fringe. Serão realizadas também várias mostras específicas. Uma delas é novidade. Trata-se da exibição dos indicados para o Troféu Gralha Azul, o principal prêmio do teatro curitibano. Um júri especializado assistirá às montagens e decidirá os vencedores. O Risorama, mostra de humor, acontecerá novamente, assim como a mostra de teatro da região metropolitana e as casas com exibição de projetos de faculdades de teatro.

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