"Cabeçudo" seria uma boa definição para O Som e o Sentido (1989), livro do pensador e músico (e antigo parceiro de Paulo Leminski) José Miguel Wisnik. Seu ensaio profundamente teórico sobre os recursos das experiências sonoras beira a filosofia, e não é exatamente fácil acompanhar suas viagens extraordinárias. Talvez por isso eu esteja há quase um ano lidando com a obra, venerada mais do que compreendida. Dia desses, viva!, passei da metade. Estamos agora rumo à mitologia. Wisnik compara outras estruturas produtoras de sentido (a língua, o mito e a própria sociedade) com a significância que damos para o som que ouvimos. De mãos dadas com Beethoven, Bach e Wagner. Neste momento, um emaranhado de questões se misturam (das físico-acústicas às ideológicas), o que diminui a velocidade de leitura. O bom é que, se você se chatear, pode colocar para tocar o CD que acompanha o livro e ouvir gravações de pigmeus da África Central às voltas com harmonias vocais incríveis.
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