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Camila Pitanga na pele de Bebel | Arquivo Gazeta do Povo
Camila Pitanga na pele de Bebel| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Estréia nesta quarta-feira (19), nos Estados Unidos, o reality show "Kid nation", produzido pela rede CBS. Tendo como protagonistas 40 crianças, o programa vem recebendo críticas e acusações de explorar o trabalho infantil, além de denúncias de acidentes.

O formato é o seguinte: 40 crianças entre 8 e 15 anos foram enviadas a Bonanza City, uma cidade deserta no Novo México. Elas passaram lá 40 dias, afastadas dos pais e dos amigos, com um único objetivo: construir uma comunidade que funcione de verdade, com trabalho, comércio e leis.

Várias crianças se feriram durante as gravações. Quatro teriam bebido alvejante de uma garrafa sem rótulo e uma outra queimou o rosto com gordura quente enquanto cozinhava sem supervisão.

Além disso, há denúncias de que as crianças tenham trabalhado demais, em jornadas de 14 horas diárias. De acordo com o contrato assinado pelos pais, elas seriam obrigadas a ficar à disposição do programa 24 horas por dia. O contrato também isenta a CBS de qualquer responsabilidade pelas crianças, caso elas se machucassem.

Pela participação, cada uma ganhou um salário de US$ 5 mil, mas, durante o programa, as crianças ainda tiveram a oportunidade de faturar outros US$ 20 mil.

As leis do Novo México, em comparação às de estados como Nova York ou Califórnia, são consideradas brandas no que diz respeito ao controle do trabalho infantil. Mas foi aberta uma investigação no estado para concluir se o programa realmente violou alguma lei.

Experiência voluntária

Na contramão das críticas, a CBS alegou que as crianças não estão oficialmente empregadas (o que, portanto, não violaria leis de trabalho infantil), e que o programa "é uma experiência voluntária de televisão". Ao jornal "New York Times", o porta-voz da rede de televisão disse que a série foi "filmada com responsabilidade e respeitando todas as leis".

A CBS também garantiu que, apesar de não haver adultos participando do programa, as crianças foram acompanhadas por psicólogos, pediatras e paramédicos, a postos para qualquer necessidade. "As questões de todos serão respondidas quando o programa for ao ar", afirmou ao jornal o produtor executivo, Tom Forman.

A emissora se negou a distribuir para a imprensa cópias do primeiro episódio do programa, o que costuma acontecer antes da estréia.

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