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Números

2,5 milhões de exemplares foram vendidos durante a Bienal do Rio. Na penúltima edição, foram comercializados 2,3 milhões.

Rio de Janeiro – A 13.ª Bienal Internacional do Livro do Rio chegou ao fim no domingo com os organizadores comemorando o maior público da história do evento: 645 mil pessoas passaram pelos pavilhões do Riocentro durante os 11 dias de feira (em 2005 foram 600 mil), entre elas 173 mil crianças e adolescentes em excursões escolares.

Entre os visitantes, 59% eram mulheres, e 41%, homens. O público da programação cultural, que reuniu 345 autores em 133 sessões de palestras e debates, não foi divulgado. A curadora Rosa Maria Araújo disse, no entanto, que aumentou a presença de pessoas nesses encontros. A organização admitiu, porém, repensar o uso dos auditórios do Riocentro, alguns dos quais ficaram quase vazios em algumas palestras.

Paulo Rocco, diretor do Sindicato Nacional de Editores e Livreiros (SNEL) – que organiza a Bienal em parceria com a Fagga Eventos – enfatizou melhorias no sistema de refrigeração e o alargamento das alamedas, que deram mais conforto ao público, e destacou o aumento da compra de livros pelos estudantes.

"Esta foi a melhor visitação escolar já realizada. O número de livros comprados por estudante subiu de 2,1 em 2005 para 2,8 este ano, um aumento significativo", disse ele.

Do público total, ainda segundo a organização, 83% compraram livros, uma média de cinco exemplares por pessoa. Foram vendidos 2,5 milhões de exemplares, que representam um faturamento de R$ 43 milhões, contra 2,3 milhões de livros vendidos em 2005 e faturamento de R$ 41,5 milhões.

Como sempre, porém, muitos editores disseram que as vendas não foram suficientes para cobrir os gastos. "É assim mesmo. Este é um evento institucional, serve mais para divulgarmos a marca do que para vender livros", disse Sérgio Machado, diretor do Grupo Record, um dos maiores do país.

Mas houve quem, preferindo não se identificar, falasse em repensar a participação no evento. Mariana Zahar, da Jorge Zahar, teve a impressão de que o público desta edição foi diferente: "Tivemos muito movimento no estande e pouco no caixa. Muita gente pedindo desconto, reclamando do preço, bem mais do que em outras Bienais. Talvez tenha havido um aumento na visitação de um público com menos poder aquisitivo".

Embora a quantidade de descontos ainda tenha ficado aquém do desejado pelo público, neste ano mais editoras ofereceram abatimento no preço dos seus livros, entre elas empresas grandes. O livreiro Rui Oliveira, diretor da Livraria da Travessa, reclamou: "A Bienal tem um lado perverso: provoca uma sangria no mercado livreiro. Acho erradíssimo que os editores dêem desconto, é um abuso. Converso com pessoas de outros ramos e elas me dizem "se meu fornecedor fizer isso, eu mato ele". As editoras deviam prezar a saúde das livrarias.

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