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Em vermelho, a cidade de Tupãssi que tem menos de 10 mil habitantes | Reprodução Ipardes
Em vermelho, a cidade de Tupãssi que tem menos de 10 mil habitantes| Foto: Reprodução Ipardes

Possivelmente há quem nunca tenha parado para pensar na seguinte questão: músicos nunca tiram férias. Entre as etapas composição, gravação, divulgação e turnês, simplesmente não sobram momentos em que a música não esteja presente na rotina de quem faz dela seu sustento – sempre há um violão encostado em algum canto, uma "ameaça" ao sossego de qualquer compositor em férias.

Tocar sem compromissos era o objetivo do cantor e compositor maranhense Zeca Baleiro e sua banda – Tuco Marcondes (guitarra, violão e vocais), Fernando Nunes (baixo e vocais), Kuki Stolarski (bateria e percussão), Adriano Magoo (teclados, acordeon e vocais) e Hugo Hori (sax, flauta e vocais) – quando, há três anos, eles deram origem ao projeto Baile do Baleiro, uma espécie de releitura do formato tradicional de festa dançante, em que os seis colegas, ao lado de amigos convidados, interpretavam canções de outros artistas, de gêneros musicais variados, com o intuito de dar um "refresco" à árdua rotina de profissionais da música.

No entanto, o que inicialmente foi concebido como um projeto "bissexto, sem continuidade preestabelecida", ganhou repercussão nacional após permanecer por sete semanas consecutivas em uma casa noturna de São Paulo durante o ano passado. Assim, o Baile do Baleiro passou a ser requisitado por outras capitais, como Curitiba, que recebe o projeto nesta sexta-feira, às 23 horas, na Hellooch.

"Foi uma coisa que fizemos com a intenção de nos divertir e de dar um tempo do próprio trabalho tocando coisas de outros compositores. Hoje continuamos nos divertindo, mas agora virou algo mais sério", conta Zeca Baleiro, em entrevista ao Caderno G.

Mas o "sério" de Baleiro está longe de ser sinônimo de sem graça. Com um repertório de mais de cem canções na manga – de Originais do Samba a Tony Tornado –, cada apresentação do projeto ganha novo fôlego com a presença de convidados especiais. Para o show de logo mais, Zeca escalou a cantora curitibana Rogéria Holtz, que já gravou composições de Baleiro em seus álbuns; o paulista (criado em Curitiba) Carlos Careqa, com quem já dividiu palcos e estúdios em diversas ocasiões; o compositor e violonista Oswaldo Rios, integrante do grupo local Viola Quebrada; e o poeta paranaense Ricardo Corona, de cujo trabalho o maranhense é admirador.

"O formato geralmente conta com um show de abertura, que, no caso, será o de Rogéria. Os convidados entram no decorrer do baile e podem cantar desde canções próprias a covers de outros artistas", explica.

Para evitar possíveis confusões, Zeca Baleiro faz questão de ressaltar que não se trata de um show exclusivamente dele, mas, sim, de um projeto novo, em que ele interpreta músicas de outras pessoas. "No primeiro baile que fizemos houve uma quase rebelião, porque não tocamos absolutamente nenhuma música minha. Eu temia confundir as pessoas, que não saberiam se era ou não um show meu", justifica, aliviando os fãs mais afoitos logo em seguida: "Com o tempo e as reclamações, eu fui cedendo um pouquinho e conseguindo alcançar um meio-termo. Hoje toco um set de cinco ou seis músicas minhas para confortar um pouco platéia", adianta.

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Serviço: Baile do Baleiro – Zeca Baleiro e banda, com os convidados Rogéria Holtz, Oswaldo Rios, Carlos Careqa e Ricardo Corona. Hellooch (R. Des. Westphalen, 4.000). Dia 10, às 23 horas. Ingressos antecipados e limitados a R$ 70 e R$ 35 (estudantes e doadores de um quilo de alimento não-perecível). Informações: (41) 3013-3374.

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