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Cena do filme "Violência Gratuita" | Divulgação
Cena do filme "Violência Gratuita"| Foto: Divulgação

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Remakes fazem parte da história do cinema desde o cinema mudo. Mais tarde, mestres como Hitchcock e Capra também refilmaram suas próprias obras. Agora, entra para essa lista o austríaco radicado na França Michael Haneke, cuja nova versão de seu "Violência Gratuita" estréia em Curitiba nesta sexta-feira.

O novo "Violência Gratuita" é uma refilmagem quadro a quadro do filme de 1997, agora com atores de língua inglesa. Os papéis centrais, que no passado foram de Ulrich Mühe ("A Vida dos Outros") e Susanne Lothar ("A Professora de Piano"), agora são de Tim Roth ("O Incrível Hulk") e Naomi Watts ("Senhores do Crime"). A história continua com o mesmo sadismo e doses de horror do original.

Ann (Naomi) e Paul (Roth) formam um casal rico que, junto com o filho pré-adolescente (Devon Gearhart), vai passar uma temporada na casa de veraneio da família. Quando chegam ao local não notam nada de estranho. Conversam com os vizinhos, que também parecem ter outros convidados, e instalam-se na casa.

Pouco tempo depois, recebem a visita de um rapaz muito educado. Peter (Brady Corbet, de "Mistérios da Carne"), que diz ser hóspede dos vizinhos, pede alguns ovos emprestados a Ann. Este é só o começo de um jogo de sadismo, envolvendo o rapaz e seu amigo Paul (Michael Pitt, de "Os Sonhadores"), que aterrorizam a família sem nenhum motivo aparente.

Os dois começam uma brincadeira perversa envolvendo os três membros da família, com agressões físicas e psicológicas. Como esta é uma refilmagem fiel ao original, a narrativa segue os mesmos passos -- portanto, quem conhece o primeiro filme não terá nenhuma surpresa.

A violência que se vê aqui, porém, não tem o mesmo tom catártico dos filmes de Hollywood, por exemplo. Aqui, há mais horror do que nos filmes ditos desse gênero, porque a crueldade está muito próxima do real, sem os exageros de jatos de sangue ou membros decepados.

O resultado final impressiona, especialmente para quem não conhece os filmes de Haneke, que, neste trabalho em especial, busca uma cumplicidade com o público. Os dois jovens vez ou outra falam olhando direto para a câmera, dando até um sorrisinho num momento de tensão entre os personagens.

Haneke continua o provocador de sempre, retratando o mal-estar do homem contemporâneo como ninguém. Porém, dez anos se passaram desde o primeiro "Violência Gratuita". Por isso, essa nova versão do filme pode não suscitar a mesma reação do público.

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