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A imagem dos santos está de tal maneira sedimentada no imaginário brasileiro que é possível reconhecer muitas das divindades católicas apenas pelas silhuetas. É o que propõe o artista visual André Malinski na exposição inédita Céu de Anil, que entra em cartaz amanhã no vão livre do Museu Oscar Niemeyer, como parte da programação do Circuito Cultural Banco do Brasil.

Malinski, também conhecido como Anilina, apresenta três fotoesculturas de 2,44 metros de altura, das quais subtrai a imagem dos santos em busca da essência da fé e para questionar como o brasileiro se projeta nas figuras santificadas. São Sebastião, por exemplo, embora restem apenas seus contornos, é facilmente identificado pelas flechas que lhe atravessam o corpo.

O formato das obras convida à interação. A idéia é que o espectador se sinta à vontade para posicionar-se em frente aos recortes – espécies de "portais" de ligação com a fé, segundo o artista –, assumir a forma do santo e ser fotografado.

O trabalho de representação dos ícones religiosos pela ausência de suas imagens, sublinhando seu caráter etéreo, vem desde 2003 e já rendeu outras séries, como DesAparecidas, na qual Malinski trabalhou com a indumentária da Padroeira do Brasil.

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Serviço: Exposição Céu de Anil, de André Malinski. Museu Oscar Niemeyer – MON (R. Mal. Hermes, 999), (41) 3350-4400. De terça-feira a domingo, das 10 às 18 horas. Entrada: 2 kg. de alimento não-perecível. Até 9 de dezembro.

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