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Michael Jackson anunciou sua volta aos palcos nesta quinta-feira (5) | AFP/Carl de Souza
Michael Jackson anunciou sua volta aos palcos nesta quinta-feira (5)| Foto: AFP/Carl de Souza

É uma volta por cima ou o canto do cisne? Ele vai cantar ou vai fazer de conta? Ele ainda sabe dançar como antes?

O aparecimento relâmpago de Michael Jackson na quinta-feira na O2 Arena, em Londres, onde ele pretende fazer uma série de dez concertos a partir de 8 de julho, suscitou mais perguntas do que deu respostas.

Pelo menos o cantor de 50 anos compareceu, parecendo mais robusto que em fotos recentes.

Mas seu anúncio foi confuso e deixou jornalistas e centenas de fãs histéricos se perguntando se sua primeira série de shows em 12 anos será, na realidade, sua última.

"Esses serão meus shows... minhas apresentações finais em Londres", disse Jackson. "Quando digo que agora é para valer, quero dizer que é para valer. Vou cantar as canções que meus fãs querem ouvir. Isto é para valer de verdade, é a chamada final ao palco para receber os aplausos."

Randy Phillips, presidente da AEG Live, que fechou contrato com Jackson para os shows, teve poucas respostas concretas a dar.

Ele não excluiu a possibilidade de mais concertos em Londres e outros lugares no futuro, e parece que há muito mais que apenas música em jogo nos shows marcados para o verão britânico.

"Nenhum de nós está certo", disse Phillips à Reuters. "Eu não quis me adiantar tanto em relação ao que ele quer fazer."

"Estamos reservando datas", acrescentou, referindo-se à O2 Arena, onde Prince apresentou-se por 21 noites em 2007, sendo aclamado pela crítica. "Não sabemos quais serão as dimensões da demanda."

Sobre a saúde de Michael Jackson, Phillips se mostrou mais confiante, dizendo que o artista, que nos últimos meses foi visto parecendo frágil e emaciado, passou por exames físicos extensos.

E, indagado se Jackson vai cantar ou apenas dublar a si mesmo em seu retorno ansiosamente aguardado, Phillips respondeu: "Ele vai cantar."

A AEG tem um plano que prevê trabalhos com Jackson nos próximos 3,5 anos, envolvendo concertos, música nova e filmes, incluindo uma adaptação para o cinema do seminal vídeo e sucesso "Thriller".

Com tudo isso Michael Jackson poderia ganhar "bem mais de 400 milhões de dólares", disse Phillips, embora tudo isso dependeria de serem concretizados os empreendimentos que estão sendo discutidos.

O homem que criou "Thriller", de 1982, o álbum que teve as maiores vendas da história, ainda consegue levar seus fãs às lágrimas. Mas muitos comentaristas não estão igualmente impressionados.

Vários observaram que o ambiente humilde de um hall frio e um palco improvisado não beneficiou um dos artistas pop mais bem-sucedidos de todos os tempos.

E Jackson fez a multidão esperar quase duas horas para fazer seu anúncio curto.

Os fãs acham que Jackson, que desde ser absolvido de abuso sexual infantil em 2005 vive praticamente recluso, faz bem em escolher Londres para sua volta por cima em lugar de Las Vegas, por exemplo.

"Acho que os europeus não são tão críticos quanto os norte-americanos. Ele tem uma base sólida de fãs aqui, e a gente curte o disco e o soul dos anos 1980, possivelmente mais do que as pessoas os curtem nos EUA, onde o rap e o hip-hop dominam", comentou Lucy Wood, uma artista de quase 40 anos.

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