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Retratos do cotidiano, como andanças  pela praia, fazem parte da exposição | Renate Becker/Divulgação
Retratos do cotidiano, como andanças pela praia, fazem parte da exposição| Foto: Renate Becker/Divulgação

Renate Becker acompanhou sua mãe por quase 90 dias com uma câmera fotográfica a tiracolo. A seguia pela academia, na praia, em casa e assim conseguiu, ainda que de uma maneira pessoal e intimista, recortar um pedaço da terceira idade de uma mulher comum, de 70 anos. As 13 imagens selecionadas – das mais de 200 fotos – podem ser vistas a partir das 19 horas de hoje na exposição Mulher Minha Marilu Mãe Mundo, em destaque no Espaço Cultural Beto Batata até o dia 5 de outubro.

Curitibana de 37 anos, a engenheira eletricista Renate Becker viajou para a Alemanha em 1999 e lá realizou o primeiro curso de fotografia. "Era fotografia básica. Fiz um curso popular por lá", disse Renata, que também se aventurou com fotografia submarina e que encontrou no pai o passo inicial para os primeiros retratos. "Meu pai fotografou minha irmã e eu muitas vezes. Quando era criança, me chamava a atenção a quantidade de fotos que ele tinha", comentou Renate, que voltou ao Brasil depois de dois anos na Europa e realizou ano passado o curso de Fotografia Documental – promovido pelo Núcleo de Estudos da Fotografia.

O tema escolhido para sua primeira exposição também remete à infância, já que o modo de vida de sua mãe, viúva há seis anos, sempre despertou interesse da filha fotógrafa. "Eu tinha que escolher um tema e não tinha muito tempo para fazer o trabalho. Então comecei a fotografar minha mãe porque ela é uma pessoa muito ativa e faz muitas atividades. Onde ela ia, eu ia atrás. Ela gosta de aproveitar os momentos da vida e viver o que ela gosta", disse.

A terceira idade, vista pelos olhos de Renata, é apenas uma das visões sugeridas pela exposição. "Nas fotos, há muito da essência feminina da mulher. Tem muito sentimento e reflexão", comenta a curitibana.

Mulher Minha Marilu Mãe Mundo toma do nome Marilu, mãe de Renate, o conceito de pessoal e intransferível – há uma foto de um álbum de recordações feitos pela mãe de Renata quando a filha tinha 7 anos – mas acaba em "Mundo" porque, segundo a autora, sua "Mãe" pertence ao mundo em que vive e com o qual se relaciona e "todo mundo olha para ela".

Serviço:

Mulher Minha Marilu Mãe Mundo.

Espaço Cultural Beto Batata (R. Professor Brandão, 678), (41) 3262-0840. Abertura hoje, às 19 horas. Diariamente, do meio-dia à meia-noite. Entrada franca. Até 5 de outubro.

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