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Imagens que fazem parte da mostra Dia de Los Muertos | Fotos: Charly Techio/Divulgação
Imagens que fazem parte da mostra Dia de Los Muertos| Foto: Fotos: Charly Techio/Divulgação

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Dia de Los Muertos

Galeria Ponto de Fuga – Fidel Bar (Av. Jaime Reis, 320 – São Francisco), (41) 3089-3220. Apenas neste sábado e domingo, das 11 horas à meia-noite. Entrada gratuita.

A morte, a solidão, a melancolia e questões psicológicas são temas recorrentes na obra da fotógrafa catarinense radicada em Curitiba Charly Techio. As escolhas, segundo ela, remetem à infância em Ipumirim, sua cidade natal, município de pouco mais de 7 mil habitantes no oeste de Santa Catarina, onde era comum colocar a mão no falecido nos velórios para perder o medo da morte.

Uma mostra do trabalho de Charly, 14 fotos realizadas em Coyoacan e Mixquic, no México, país onde um milenar ritual asteca de homenagear de forma festiva os mortos ainda está presente nos dias de hoje, fica em cartaz na Galeria Ponto de Fuga, no Bar Fidel, apenas neste sábado e domingo, das 11 horas à meia-noite. Os astecas habitavam o território mexicano antes da chegada dos colonizadores espanhóis e acreditavam que as almas das crianças retornam ao mundo dos vivos no dia 1º de novembro e a dos adultos, em 2 de novembro, no Dia de Finados.

"Não tenho problemas com a morte, não acho que seja o fim. E eles [os mexicanos] têm uma visão tão linda. É tudo muito festivo.", afirma a fotógrafa em entrevista à Gazeta do Povo.

Charly fez o ensaio Dia de Los Muertos em 2012 e nele faz referência ao estilo fotográfico post-mortem, no qual as famílias preparavam seus mortos e os posicionavam como se ainda estivessem vivos para seu último retrato. O estilo era comum no século 19.

"Tem bastante gente nos eventos, mas é possível isolar os motivos a serem fotografados. As pessoas são bem receptivas, e ao fotografá-las, concordavam em ser dirigidas por mim. É tudo muito colorido, mas optei em retirar a cor de algumas fotos ou reduzir de outras, pois me inspirei nas fotografias de post-mortem, para dar um contraponto, e para aproximar com a minha linguagem. Não é um trabalho de documentação, mas de interpretação pessoal."

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