• Carregando...
Veja a temperatura em sua região |
Veja a temperatura em sua região| Foto:

Antonio Márquez vem ao Brasil pela terceira vez para confirmar que o flamenco é uma dança movida pelo coração – e não apenas o dos dançarinos. Com pouco mais de dez anos de existência, a companhia de Márquez é sucesso absoluto por onde passa, seja nos Estados Unidos, no Japão ou em terras latinas como o Brasil. Nesta última temporada pelo país, lotou os teatros de Aracaju, Recife, Salvador, Brasília e Porto Alegre. Foi "aplaudida de pé, com muito calor e paixão", conta Márquez, em entrevista ao Caderno G.

Curitiba é o último pouso brasileiro dos 14 bailarinos que formam a companhia. Eles apresentam hoje e amanhã, no Guairão, três espetáculos em um: Fiesta Flamenca, Vida Breve e Bolero de Ravel. Os ingressos para a primeira apresentação esgotaram-se já nos primeiros dias de venda. Como alternativa, criou-se uma sessão extra, no domingo.

Mas, por que esta dança tradicional exerce tanto fascínio? O bailarino espanhol conhece bem a resposta: "O flamenco é muito temperamental. O artista precisa expressar toda a sua personalidade e tudo o que tem dentro do coração. A preparação técnica é importante, mas depois deve ser deixada de lado para prevalecer o sentimento, de forma que ele chegue ao coração do espectador".

A Companhia Antonio Márquez del Ayuntamiento de Madrid foi fundada pelo bailarino com o objetivo de resgatar as autênticas raízes da dança espanhola. Sua passagem pelo balé clássico, na juventude, desafiando a mentalidade machista da época, teve papel fundamental. Antes de se dedicar à dança espanhola, o bailarino participou do corpo de baile da Escola de Balé Nacional da Espanha. "Com o tempo, percebi que o clássico dava uma base importantíssima e fundamental para a dança espanhola".

Diariamente, seus dançarinos preparam o corpo com alongamentos, aulas de balé clássico e flamenco. Só, então, a equipe dá início ao à de criação das coreografias. "É um processo de inspiração, que depende dos intérpretes. Alguns bailarinos são mais técnicos, outros mais temperamentais. Eu gosto de me adaptar aos bailarinos, mas sempre com a maior qualidade", diz Márquez.

Desta vez, a turnê brasileira conta com coreografias inéditas no país, feitas para músicas bem conhecidas do cancioneiro espanhol, como o Bolero de Ravel. Os músicos cantam e tocam ao vivo regidos pelo maestro Iván Tello. "Se dançássemos todos os dias a mesma coisa as pessoas se chateariam muito rápido. Todo dia precisa ser como um début, precisa do nervosismo, da tensão."

Serviço: Companhia de Dança Antonio Márquez. Guairão (Pça. Santos Andrade, s/n.º), (41) 3304-7982. Dia 26, às 21 horas (ingressos esgotados), e dia 27, às 19 horas (sessão extra). Ingressos a R$ 120 (platéia), R$ 100 (1.º balcão) e R$ 70 (2.º balcão). Meia-entrada para estudantes e idosos. Desconto de 30% para clientes do Cartão Teatro Guaíra e assinantes da Gazeta do Povo, na compra de até dois ingressos.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]