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Quinteto vem a Curitiba com três membros da mais famosa formação da banda britânica | Jim Rakete/Divulgação
Quinteto vem a Curitiba com três membros da mais famosa formação da banda britânica| Foto: Jim Rakete/Divulgação

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Deep Purple

Curitiba Master Hall (R. Itajubá, 143), (41) 3248-1001. Dia 9 de novembro, às 21h. Os ingressos variam entre R$ 126 (meia-entrada) e R$ 506, de acordo com o setor. Assinantes da Gazeta do Povo têm desconto de 50% na compra de até dois bilhetes. Classificação indicativa: 16 anos. Mais informações: (41) 3315-0808 e diskingressos.com.br.

Sobrevivente entre os ícones do chamado classic rock, o grupo britânico Deep Purple foi um dos nomes que ganharam fôlego extra quando novas gerações de fãs de música passaram a cultuar os discos das coleções de seus pais.

Mas a banda, considerada uma das inventoras do heavy metal ao lado das contemporâneas Black Sabbath e Led Zeppelin, não pode ser acusada de se acomodar sobre os clássicos do passado e faturar com a nostalgia – ao menos de acordo com o que promete para sua visita a Curitiba. Em sua nova turnê pelo Brasil, que passa pelo Curitiba Master Hall no dia 9 de novembro, o Deep Purple – hoje formado por Ian Gillan (vocal), Ian Paice (bateria) e Roger Glover (baixo), da segunda e mais famosa formação da banda, além de Steve Morse (guitarra) e Don Airey (teclado) – chega com um disco novo na bagagem e não deixa suas novas canções de fora do show.

Assim, o público pode contar com hits como "Smoke on The Water", "Space Truckin’", "Hush", "Highway Star" e "Perfect Strangers", mas também pode esperar por surpresas como "Living Wreck" e "Bloodsucker" (do álbum Deep Purple In Rock, de 1970) e pelas novas "Vincent Price", "All The Time in The World", "Hell to Pay" e "Uncommon Man", do disco Now What?!, lançado no ano passado (leia mais sobre o disco ao lado).

"É preciso atingir um equilíbrio. Quando estamos tocando em um grande festival, onde não temos muito tempo no palco, tocamos um monte de clássicos e pouco material novo. Mas quando tocamos um concerto cheio, onde podemos tocar até por duas horas, podemos incluir mais material desconhecido", explica Airey, que é tecladista do grupo desde 2002, quando substituiu Jon Lord, morto 2012 durante o tratamento de um câncer no pâncreas. Lord foi um dos fundadores da banda e responsável direto pela sonoridade do Deep Purple.

"E este material vem sendo muito bem recebido pelas pessoas", conta o músico, em entrevista por telefone para a Gazeta do Povo.

O tecladista diz que a banda vem percebendo o interesse crescente de um público mais jovem pelo Deep Purple, especialmente na Europa e na América do Sul. "É como um oceano de jovens. É uma visão estranha para um bando de velhos", brinca.

Furadas

As primeiras lembranças do músico sobre Curitiba não são das melhores. O primeiro episódio que vem à mente do tecladista é o do cancelamento da apresentação que o grupo faria na Pedreira Paulo Leminski ao lado do Hellacopters e do Sepultura, em 2003. Impedido de acontecer no local, o show foi transferido para o Expotrade, em Pinhais, mas acabou sendo cancelado também, por falta de alvará da prefeitura.

O público, no entanto, merece elogios do músico, que veio à capital paranaense pelo menos mais três vezes – a última em 2011, no Teatro Positivo. "A plateia é muito receptiva, muito rock-and-roll, foi incrível", conta.

A apresentação também terá partes dedicadas ao virtuosismo instrumental dos músicos, que seguem em um ritmo de 100 shows por ano. Este aspecto do show é fundamental para o Deep Purple, conforme explica Airey. "As pessoas querem ver bandas que de fato conseguem tocar seus instrumentos. Muitas gravações novas não têm ninguém tocando, apenas manipulações do [software] ProTools. Acho que as pessoas se sentem trapaceadas", diz o tecladista. "Quando elas querem ver a coisa real, elas assistem a bandas como nós."

Disco novo

"Quando chega el momento de la verdad, você sai com algo"

O último álbum do Deep Purple, Now What?!, lançado em fevereiro de 2013, não reinventa a roda e mantém o mesmo espírito da banda britânica no início dos anos 1970 – no melhor sentido que isso pode ter. O tecladista Don Airey dá créditos ao produtor Bob Ezrin, mas explica que o bom resultado surpreendeu o próprio grupo, que passou por todo o processo sem pensar muito no resultado final. "A última questão na sua cabeça é se vai ou não ser bem-sucedido. Você só quer terminar a coisa", conta. "E nos saímos bem", comemora.

O músico conta que o Deep Purple é bastante objetivo quando se trata de produzir material novo. "Não somos o tipo de banda que fica fazendo jam sessions", explica. "Geralmente, os compositores e músicos profissionais acabam esperando até a iminência do prazo final para produzir algo. E é aí que você faz o seu melhor", confessa. "Quando chega el momento de la verdad, você sai com algo", diz.

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