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Rodrigo Santoro já está no Havaí. Além de gravar os episódios da terceira temporada de "Lost", o ator vai aproveitar para pegar algumas ondas no paraíso onde nunca havia pisado antes.

- Para um surfista de Petrópolis (onde nasceu) o Havaí é um belo upgrade - brinca.

Santoro é atualmente o ator brasileiro mais famoso no cinema mundial. Bonito e competente, o convite para fazer o seriado americano não veio assim tão surpresa. Ele conta que, há dois anos, foi chamado para participar de "Alias", mas na época gravava a microssérie "Hoje é dia de Maria", da Rede Globo. Alguns meses atrás, os mesmos produtores fizeram um novo contato. Desta vez para a terceira temporada de "Lost".

O desafio não é só encarar mais um trabalho internacional. Rodrigo é experiente. Contabiliza participações no filme americano "As Panteras - Detonando", no inglês "Simplesmente amor" e no inédito "300 de Esparta". O duro agora é entrar no ritmo dos roteiristas e do diretor JJ Abrams. O ator ainda não sabe extamente como será seu papel.

- Ainda não tenho muitas informações, mas sei que não é do grupo dos "Outros" (risos). O personagem também é uma vítima do acidente aéreo - explica ele, que começa a gravar os episódios só no fim do mês e não sabe quanto tempo ficará "perdido" em uma das ilhas do Havaí.

Santoro diz que trabalhar em "Lost" está sendo como gravar a novela de Manoel Carlos. O novelista, com quem Santoro trabalhou em "Mulheres apaixonadas", é conhecido por mandar os capítulos para o elenco poucos dias antes da gravação.

- Como o seriado é cheio de mistérios, não existe uma preparação prévia. Esse é o grande barato. A única orientação que tive é que terei que atuar com o instinto.

Não muito fã de seriados como espectador, Rodrigo havia assistido a dois episódios das duas temporadas de "Lost". Problema resolvido com uma "aula" sobre um dos programas de TV mais populares do mundo.

Para "Lost", Santoro não precisou fazer sacrifícios, como engordar e ganhar músculos, aprender a tocar algum instrumento ou virar um expert em sinuca. Tudo isso ele fez para seus trabalhos mais recentes, previstos para estrear em 2007.

Em março, chega aos cinemas americanos "300 de Esparta", em que o ator precisou ganhar 12 quilos e muita massa muscular para viver o rei Xerxes. O filme de Zack Snyder é inspirado nas histórias em quadrinhos de Frank Miller e promete ser o grande lançamento do ano para a Warner Bros..- Eu estava 12 quilos mais magro por causa de "Hoje é dia de Maria" e tive que recuperar o peso normal e a boa forma em quatro meses. Na verdade fiquei mais forte do que de costume. Para isso fiz um trabalho focado na alimentação e malhação.

Além da parte física, Santoro estudou História.

- Xerxes é um personagem real e precisei entender o seu universo e estilo de vida. Tive também que me familiarizar com o mundo das histórias em quadrinhos. Entender como era o Xerxes das histórias de Frank Miller.

As filmagens foram em Montreal, no Canadá, e o processo foi totalmente diferente de tudo que já tinha feito.

- O tempo todo usamos o fundo azul e eu contracenava com esparadrapos, sempre imaginando multidões a minha volta. Como a produção utiliza muitos efeitos visuais este recurso é usado para que depois entrem as imagens dos exércitos com milhares de homens. Trabalhei 100% com a imaginação e saí desta experiência mais maduro.

O último trabalho do ator antes de embarcar para o Havaí foi "Não por acaso", de Phillippe Barcinsk, programado para estrear no fim de 2007. Na trama, ele é um jovem artesão que faz mesas de sinuca. E joga muito bem. Para isso fez aulas com Renato da Mata, professor do Clube do Taco, no Rio de Janeiro. Em um mês aprendeu o suficiente para não usar dublê.

Em "Os desafinados", de Walter Lima Jr., Santoro é um jovem pianista e compositor. Como já "arranhava" uma gaita e um violão, aprendeu piano em quatro meses.

- Consegui tocar o que precisava. Foi muito difícil. Eram seis horas de aula por dia, durante um mês e meio, inclusive aos domingos, com o professor Itamar Assieri. Comprei um piano e sempre que podia tocava um pouco. Me apaixonei pelo instrumento.

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