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Novo nome e novo disco de inéditas marcam a atual fase da banda, quatro anos após o disco de estreia | Divulgação
Novo nome e novo disco de inéditas marcam a atual fase da banda, quatro anos após o disco de estreia| Foto: Divulgação

Opinião

Sabonetes muda nome e amplia sonoridade

Leia a opinião de Cristiano Castilho

Entrevista

Confira a entrevista completa com o guitarrista e vocalista Wonder Bettin no blog Pista 1: www.gazetadopovo.com.br/blogs/pista-1/

Disco

O álbum pode ser adquirido pelo site www.esperanza.art.br.

Foi com uma alcunha burlesca e curiosa que eles surgiram em 2004, nos corredores do campus de Comunicação da Universidade Federal do Paraná. Chamar uma banda de Sabonetes, afinal, fez com que os menos espirituosos torcessem o nariz; e os amigos achassem engraçado. Nove anos e um álbum (homônimo, de 2010) se passaram até que a estranheza se acomodasse. Mas, eis que, no último domingo, o quarteto surpreendeu novamente. A Sabonetes virou Esperanza. Um novo disco de inéditas, de mesmo nome, foi lançado simultaneamente para marcar "uma nova etapa" na carreira e "na vida" de Wonder Bettin (guitarra e voz), Artur Roman (guitarra e voz), João David (baixo) e Alexandre Guedes (bateria).

O porquê da mudança não tem resposta imediata, mas dizer que o processo foi "natural" é uma possibilidade convincente. "Quando o novo disco ficou pronto, sentimos que era outra coisa. Na tentativa de uma capa para o álbum, até escrevemos Sabonetes. Mas não era aquilo. Aí surgiu Esperanza, nome de uma das músicas. Nome bom para o momento que estamos vivendo", diz Wonder.

Retiro

O tal momento vem de longe. Em fevereiro de 2012, a banda "se retirou" para compor. Ficaram dez dias em uma chácara, na Região Metropolitana de Curitiba. Recebiam visitas de amigos, de músicos, que contribuíam para o que estava sendo gerado. Das doze faixas do disco, oito foram escritas desse jeitão à la Novos Baianos.

Outros episódios deram mais força à Esperanza. Com as músicas prontas, a banda queria gravar de imediato. A Arsenal Music (do produtor Rick Bonadio) demonstrou interesse, mas o acordo não vingou. Depois de ver um show do grupo no Rio de Janeiro, a Sony ofereceu uma proposta, com a condição de que a gravação fosse adiada. Negativo. "Hoje, não sei dizer as vantagens em estar em um selo se não houver investimento, grana", diz Wonder. A solução foi gravar por conta. A banda arrecadou R$ 50 mil em um projeto de financiamento coletivo e chamou o produtor Kassin para subir e descer os botões no estúdio. O sujeito que cunhou discos de Los Hermanos, Vanessa da Mata e Mallu Magalhães "parece viver em outra frequência."

"Foi ideia dele, por exemplo, gravar o disco ao vivo. Isso mudou a nossa vida. É meio como colocar as pessoas dentro da sala de gravação", conta o músico, comemorando a nova fase que chegaria, na verdade, de qualquer jeito.

"A cada dia que passa, entendo que a essência de todo o trabalho que fazemos somos nós mesmos. Estamos quatro anos mais velhos desde o último disco. E nossos fãs também", diz Wonder, referindo-se aos adolescentes, fatia importante do público que ouvia Sabonetes e agora se acostuma à Esperanza: depois do anúncio da mudança de nome, a banda conviveu com o maior índice de rejeição de sua história. O jogo começou a mudar quando o disco foi lançado virtualmente. "Eles compreenderam essa troca, esse momento que estamos vivendo há algum tempo."

A Esperanza lança em breve o clipe para a música "Sem Porquê", realizado pela Asteróide Filmes, de Curitiba, em parceria com um estúdio argentino. Na cidade onde o Sabonetes começou, a banda mostra sua nova cara com um show no Jokers, no dia 2 de agosto.

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