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Os quatro atores mais bem votados pela comissão do Gralha Azul em 2012 no Largo da Ordem: cada um com seu estilo, eles são comprometidos com o teatro | Fotos: Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Os quatro atores mais bem votados pela comissão do Gralha Azul em 2012 no Largo da Ordem: cada um com seu estilo, eles são comprometidos com o teatro| Foto: Fotos: Jonathan Campos/Gazeta do Povo
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Ficha técnica

Saiba mais sobre os vencedores do Gralha Azul nas categorias de atuação:

Janine de Campos, 27 anos. Melhor atriz, por O Malefício da Mariposa

De onde é: CuritibaFormação: Escola Técnica da UFPR e Faculdade de Artes do Paraná. Especialização em Literatura Brasileira e História Nacional pela UTFPR. Atuou em 7 peças profissionais, entre elas, Aconteceu no Brasil Enquanto o Ônibus Não Vem e Histórias de Meninas Que os Meninos Não Podem Ouvir.

Val Salles, 27 anos. Melhor ator, por O Malefício da Mariposa

De onde é: CuritibaFormação: Escola Técnica da UFPR e Escola de Belas Artes do Paraná – Escultura (em curso). Atuou em 15 peças profissionais, entre elas, Melhor Ir Mais Cedo Pular da Janela, O Banho e Pai Gilberto.

Patrícia Cipriano, 28 anos. Melhor atriz coadjuvante, por Peça Ruim

De onde é: Lorena (SP)Formação: Faculdade de Artes do Paraná (em curso). Atuou em 4 outras peças profissionais: Coração Acéfalo/Boca Desgarrada, Primeiro Crime, Vivienne e Satyricon Delírio.

Jeff Bastos, 34 anos. Melhor ator coadjuvante, por Peça Ruim

De onde é: CuritibaFormação: Cena Hum Academia de Artes Cênicas. Atuou em 10 peças profissionais, entre elas, O Grande Rei Leão, Flicts, A Falecida e Peça Ruim.

A premiação dos melhores atores do ano com o Troféu Gralha Azul, entregue dia 11 de dezembro no palco do Guairinha, revelou uma coincidência. Os quatro profissionais são jovens nunca contemplados, próximos dos 30 anos e que descobriram no trabalho pelo qual foram indicados uma nova forma de enxergar o teatro.

Outra coincidência é que a dupla de melhor ator e atriz, Janine de Campos e Val Salles, saiu de uma só peça, O Malefício da Mariposa, assim como a de coadjuvantes, Patrícia Cipriano e Jeff Bastos, fez junto a Peça Ruim.

O Malefício... adaptou de forma delicada o texto de Federico García Lorca, escrito em 1920. É o primeiro trabalho do Ave Lola Espaço de Criação, criado por Ana Rosa Tezza – que dirige a peça – ao lado de Janine. A entrada de Val se deu por um convite de Cristine Conde, que assina a direção de arte.

Foi um reencontro para a dupla de atores, ex-alunos do extinto curso em Formação de Ator da Escola Técnica da Universidade Federal do Paraná.

Para Janine, foi a chance de colocar em prática o que vinha ouvindo da sócia e mestre. "Foi realmente uma criação em grupo, um encontro intenso com pessoas generosas que me possibilitou entrar inteiramente no processo", diz a atriz, que tem a autocrítica lá em cima – na premiação do Gralha, levou uns bons segundos para acreditar quando seu nome foi anunciado e levantar-se.

"Temos um método de trabalho exigente, mas o que vai acontecer no final a gente não sabe."

Ela e Val estão escalados para a montagem do Ave Lola de 2013, sobre contos de Tchékhov, em que Val deseja aprofundar sua investigação pessoal sobre a atuação. "O Malefício... foi um trabalho mais físico e menos intelectualizado, mas que não deixa de produzir pensamento acerca do teatro", relembra o protagonista, que viveu o inseto Curianito, cuja mãe é interpretada por Janine.

Val vem alternando as duas influências: já atuou sobre perna de pau e participou como ator do Núcleo de Dramaturgia e Direção do Sesi, que exige muitas leituras e "exegeses" de textos teatrais. No momento, transita também pelos grupos Minha Nossa Cia. de Teatro e Cia. Falsários.

Diversão e trabalho

A liberdade de estilo e rumos do Ave Lola combina com a proposta de Dimis Jean Sores, que dirigiu Patrícia e Jeff em Peça Ruim. O projeto usou diversas referências a Gerald Thomas para falar do processo caótico de criação do encenador carioca. Patrícia interpretou Fernanda Montenegro, que, por sua vez, autou em trabalhos de Gerald, e Jeff fez um divertido Domingos Varella, em que toda fala era seguida por sua repetição.

"Ele deixou aberto para criarmos nossos personagens, e eu pude fazer só o que eu gosto", conta Jeff, que "tirou a teima" no espetáculo: depois de tentar a vida em São Paulo e trabalhar com dublagem, moda e direção de arte, decidiu no processo da peça que o palco e a comédia são o que ele realmente quer. "Descobri que eu amo fazer teatro."

No caso de Patrícia, o processo criativo também serviu para delinear sua identidade como atriz. "Faço para o outro me ver."

A companhia que ela ajudou a fundar, a Subjétil, está no momento "em suspensão". Por hora, o que a empolga, além das férias, é a participação na montagem de Para Poe, que a Cia. Transitória teve aprovada em edital da Funarte e deve produzir em 2013.

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