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Folia em Foz | Reprodução Bom Dia Paraná
Folia em Foz| Foto: Reprodução Bom Dia Paraná

Serviço

O Fantasma da ÓperaTeatro Abril (Avenida Brigadeiro Luís Antônio, 411 – Bela Vista – São Paulo, SP). Apresentações: Quartas, quintas e sextas-feiras, às 21h; sábados às 17h e 21h, e domingos, às 16h e 20h. Ingressos: de R$ 65 a R$ 200, pelo site www.ticketmaster.com.br.

Sweet CharityCitibank Hall (Av. Jamaris, 213 – Moema – São Paulo, SP). Apresentações: Quintas e sextas-feiras, às 21 horas; sábados, às 17h e 21h; e domingos às 18h. Ingressos: de R$ 60 a R$ 120, pelo site www.ticketmaster.com.br.

My Fair LadyTeatro Alfa (R. Bento Branco de Andrade Filho , 722 – Santo Amaro – São Paulo, SP). Estréia dia 8 de março. Ingressos: de R$ 40 a R$ 185. Podem ser adquiridos das seguintes formas: por telefone: (11) 5693-4000 e 0300 789-3377 (Serviço exclusivo do Teatro Alfa). A entrega dos ingressos e realizada no próprio teatro no dia do espetáculo. Horários de atendimento: segunda a domingo, das 11h às 19h. Ou pelo site www.teatroalfa.com.br/modulos/bilheteria/como-comprar.

São Paulo – A estréia de My Fair Lady no dia 8 de março, no Teatro Alfa, é uma evidência de que os musicais de orçamentos milionários estão mesmo conquistando público tanto em São Paulo quanto em outras cidades, de onde saem excursões para assistir aos espetáculos. Com direção de Jorge Takla e custos iniciais calculados em R$ 4 milhões, essa é a terceira opção no roteiro da capital para quem quer assistir a um espetáculo americano sem ter de viajar aos EUA ou à Europa.

As outras duas montagens atualmente em cartaz são O Fantasma da Ópera, no teatro Abril, e Sweet Charity, no Citibank Hall. Ainda vêm por aí, via CIE-Brasil, Miss Saigon, com estréia prevista para junho, e Peter Pan, cuja temporada deve começar em julho no Credicard Hall.

Miss Saigon vai custar R$ 12 milhões – cifra que bate os investimentos feitos em O Fantasma da Ópera, que chegaram a R$ 10 milhões. Mas Takla não montou My Fair Lady no esquema de franquias que a CIE costuma empreender. Ou seja, não transpôs a produção norte-americana, detalhe por detalhe, para solo nacional.

"Essa é uma montagem legitimamente brasileira da peça", diz ele. O espetáculo tem cenário e figurino originais, assinados por Daniela Thomas e Fábio Namatami. Tem também "um ritmo mais ágil e mais latino", diz. "No fim das contas, não é nada diferente de montar um Shakespeare."

O que segue inalterado são as músicas de Frederick Loewe, com texto e letras de Alan Jay Lerner, responsáveis pelo sucesso de My Fair Lady desde 1956 – em montagens no palco e no cinema. Adaptado de Pigmaleão, peça do irlandês Bernard Shaw, o musical conta a história de uma vendedora de flores de modos não muito elegantes. Um professor de línguas especializado em fonética aposta com um amigo que pode transformar a moça em lady. O visual, com Londres ao fundo, responde por parte do impacto. Um dos pontos altos da montagem é uma troca de cenário realizada em 40 segundos: sai de cena a ambientação de uma biblioteca de dois andares, com mezanino, estantes, mesas e cadeiras. A cortina se fecha. Quando volta a ser aberta, um salão de baile todo branco, com uma imensa escadaria, já está no palco.

Para quem torce o nariz diante da possibilidade de ver os musicais se multiplicarem por aqui, vale ouvir Cláudio Botelho, experiente diretor do gênero que, além de assinar a tradução de My Fair Lady e de O Fantasma da Ópera, co-dirigiu Sweet Charity. "Essa é uma postura muito atrasada. Os musicais são apenas um gênero em um cenário que agrega vários outros tipos de teatro."

Para Botelho, a presença de técnicos americanos orientando profissionais brasileiros na execução de produções de grande porte deixa uma herança proveitosa.

"Sinto que os intérpretes, hoje, chegam às audições já sabendo cantar", diz. "Há dez anos, um ensaio de som era um pesadelo. Os americanos nos ensinaram como agilizar o processo." Botelho também provou os benefícios desse intercâmbio ao produzir e dirigir Sassaricando, comédia musical pontuada por marchinhas, sucesso no Rio de Janeiro, que deve chegar a Curitiba em março dentro da mostra oficial do Festival de Teatro de Curitiba.

Ainda entre os projetos do diretor, está o musical 7, inspirado na história de Branca de Neve, "só que mais violento", que terá música de Ed Motta.

Há, porém, quem levante dúvidas sobre os valores destinados a essas produções, em parte provenientes de renúncia fiscal do governo, por meio da Lei Rouanet. "Acho ingênuo considerar que uma produção peca só porque foi cara. Mas é necessário que os investidores e o governo tenham consciência do valor que eles estão destinando ao entretenimento e ao experimento artístico", diz o diretor Felipe Hirsch, da Sutil Cia. de Teatro.

Dos R$ 12 milhões que devem ser investidos até o final da temporada de My Fair Lady, segundo a produção, 50% serão capitalizados pela Lei Rouanet.

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