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Um dos maiores comediantes americanos da atualidade, Will Ferrell é quase um desconhecido no Brasil. Seus filmes dificilmente são lançados nos cinemas brasileiros, indo diretamente para o mercado de vídeo, como Ricky Bobby – A Toda Velocidade, já disponível nas locadoras. Essa situação deve mudar um pouco com o sucessono país de Mais Estranho Que a Ficção, filme que valeu ao ator uma indicação ao Globo de Ouro.

Ricky Bobby é uma fita anterior e com um humor muito menos refinado que Mais Estranho Que a Ficção. Politicamente incorreta é pouco para definir a comédia dirigida por Adam McKay (de O Âncora – A Lenda de Ron Burgundy, outro sucesso americano de Ferrell), que satiriza a Nascar, a principal categoria de corrida de carros dos EUA.

Ricky Bobby (Ferrell) é um mecânico que um dia tem a chance de pilotar o carro da equipe em que trabalha. Ele ganha a prova inicial e, nos anos seguintes, torna-se um mito, vencendo todas as corridas dos campeonatos, tendo sempre como escudeiro o grande amigo de infância Cal Naugthon (John C. Reilly), eterno segundo lugar.

O astro da Nascar se torna egocêntrico e vaidoso. Seus maus modos são estendidos à família, com a esposa fogosa e filhos pequenos que são verdadeiras pestes, os maiores bocas-sujas que se pode imaginar. Tudo muda com a chegada do piloto francês Jean Girard, vivido por Sacha Baron Cohen (o Borat), que desafia a supremacia de Ricky.

Oriundo da Fórmula 1 (que os americanos adoram ignorar), o francês choca os machistas fãs das corridas nos EUA por se declarar gay convicto – a seqüência em que ele é apresentado ao país em um programa de esportes da tevê, ao lado do marido gordinho, é impagável. Girard desbanca Ricky do trono e passa a dominar o mundo da Nascar. O ex-campeão perde tudo, dinheiro, esposa, o melhor amigo, e tenta se reerguer com a ajuda dos filhos, da mãe mandona e do pai louco de pedra, que esteve ausente durante toda a sua vida.

A diversão continua com o farto número de extras do DVD, com cenas deletadas e estendidas, erros de gravação, testes de elenco (os das crianças são ótimos), entrevistas nonsense dos personagens, além das várias e malucas propagandas (de produtos mais loucos ainda) que Ricky e Cal fazem. O material destaca ainda mais o humor pesado, sujo e cafajeste – mas hilário – de Ferrell e companhia. GGG1/2

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