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Em Odeio o Dia dos Namorados, Heloísa Perissé é Débora, uma publicitária bem-sucedida, mas infeliz no amor | Divulgação
Em Odeio o Dia dos Namorados, Heloísa Perissé é Débora, uma publicitária bem-sucedida, mas infeliz no amor| Foto: Divulgação

Fazer rir é um talento raro, mas também pode ser uma maldição. Para a atriz carioca Heloísa Perissé, de 46 anos, ser engraçada foi atributo valioso, que lhe garantiu não apenas o ganha-pão por muitos anos, mas também a tornou uma figura muito popular na televisão, no teatro e no cinema. "Mas há uma tendência do público, e do próprio meio artístico, de colocar a gente em uma prateleira, de nos rotular", diz a artista, protagonista do filme Odeio o Dia dos Namorados, que tem estreia nacional na próxima sexta-feira.

Coincidência ou não, o longa-metragem, dirigido por Roberto Santucci (De Pernas para o Ar 1 e 2), é uma comédia. Só que, como Heloísa fez questão de frisar em sua entrevista à reportagem da Gazeta do Povo, "é um filme que vai além de querer apenas fazer rir. Tem uma mensagem também dramática, muito bonita, construtiva, no fundo da história".

Na trama, a atriz vive o papel de Débora, uma publicitária de sucesso que, quando jovem, faz uma opção radical: rejeita o pedido de casamento do namorado Heitor (Daniel Boaventura), por quem é apaixonada, mas que representa, naquele momento, um empecilho para a sua ascensão profissional.

Anos se passam e, apesar de ter prosperado e alcançado sucesso, Débora tornou-se uma mulher solitária e cética, quando não agressiva e amarga. E eis que, em uma reunião de trabalho importante, ela dá de cara com Heitor, para, minutos depois, sofrer um acidente quase fatal: entre a vida e a morte, ela tem a chance de rever suas decisões e atos, desde a adolescência, em companhia do espírito de um companheiro de trabalho gay (Marcelo Saback), morto recentemente e que se encarrega de lhe mostrar as burradas que cometeu.

Para Heloísa, Débora "não é mais um papel cômico" em sua carreira. Já faz parte de uma grande guinada, iniciada no ano passado com a minissérie biográfica Dercy de Verdade, na qual viveu a comediante Dercy Gonçalves (1907-2008) na juventude, e depois consolidada com o estrondoso sucesso da novela Avenida Brasil, em que viveu o papel da cabeleireira Monalisa. "Embora fossem papéis engraçados, que tinham humor, eu pude mostrar meu lado mais dramático e complexo, sair da prateleira onde estava colocada."

Teatro

Em 4 de julho, Heloísa estreia no Rio de Janeiro seu primeiro monólogo, E Foram Quase Felizes.... para Sempre, escrito e dirigido por ela. O espetáculo tem como protagonista Lele Santana, uma escritora que escreve um livro intitulado Cantinho pra Dois, feito após a autora vasculhar os melhores lugares para viagens a dois. O problema é que, no dia de lançamento da obra, o marido da personagem ironicamente pede o divórcio.

Heloísa também assina o argumento e os roteiros de Segunda Dama, seriado que deve estrear na grade 2014 da Rede Globo. "Escrever, para mim, é como o ar que eu respiro. É algo que eu quero fazer para sempre."

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