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Zezé di Camargo & Luciano – turnê Sonhos de Amor

Teatro Guaíra (Pça. Santos Andrade, s/nº), (41) 3304-7900. Dias 16 e 17 de outubro, às 21 horas. De R$ 106 (meia-entrada) a R$ 406, de acordo com o setor. Sujeito à lotação. Classificação indicativa: livre. Zezé Di Camargo e Luciano – TIMmusic na Estrada 2014

Wood’s Curitiba (R. General Mário Tourinho, 387), (41) 3018-7425. Dia 15 às 22h30. Ingressos a confirmar. R$ 80 (masculino) e R$ 50 (feminino). Valores sujeitos a alteração sem aviso prévio.

Os fãs curitibanos de Zezé di Camargo & Luciano podem esperar: todo ano a dupla goiana, uma das mais populares do país, inclui a capital paranaense em suas turnês – e faz questão de que o show seja no Guairão. Cantar no teatro, conforme costumam afirmar os irmãos, "virou tradição".

"Gosto muito de cantar na cidade e no estado do Paraná. O Teatro Guaíra, onde vamos nos apresentar novamente é um local que nos agrada muito", conta Luciano, em entrevista por e-mail para a Gazeta do Povo.

A passagem da dupla pelo Guaíra acontece amanhã e sexta-feira, com ingressos ainda disponíveis, mas esgotados em alguns setores. O show é baseado na turnê Sonhos de Amor, que vem percorrendo o país desde janeiro: além da canção que dá nome à apresentação, o repertório inclui músicas como "Teorias", "Mentes Tão Bem", "No Dia que Eu Saí de Casa" e "É o Amor". E não deixa de fora faixas do último disco da dupla, Teorias de Raul, como o hit "Flores em Vida" – para Zezé, canção de "levada meio pop, meio Rihanna".

Os artistas destacam o conceito de espetáculo "high tech" como novidade este ano. Sonhos de Amor conta com telões de LED, efeitos em 3D e outros recursos e combinações de cenários e iluminação específicos para cada música . "O mercado pede essas novas ferramentas e o público também gosta muito de mudanças e de novas tecnologias", conta Luciano, lembrando que a dupla sempre investiu na ideia de grandes espetáculos. "Fomos nós que introduzimos, em 1994, um corpo de balé nos shows, com direção de Wolf Maya, que nos dirigiu por cinco anos. Depois, com Aloysio Legey, Jorge Fernando e tantos outros. Tínhamos turnê com espetáculos teatrais", diz o cantor.

Wood’s

Além da tradicional passagem pelo Guaíra, Zezé di Camargo & Luciano fazem uma parada extra em Curitiba este ano. Convidada do projeto itinerante TIMmusic na Estrada, a dupla se apresenta hoje, na Wood’s Curitiba, a partir das 22h30. O show é uma parceria da casa com o festival.

Com esta apresentação, são três shows em três dias para a dupla em Curitiba. Com mais de 20 álbuns na discografia e 23 anos de uma carreira que passou pelo auge nos ainda nos anos 1990 – com um fôlego nos anos 2000 a partir do filme campeão de bilheteria 2 Filhos de Francisco (2005) – tal rotina ainda é normal. Zezé di Camargo & Luciano fazem, em média, 130 shows por ano. "Continuamos fazendo 18 shows por mês e mantendo o mesmo ritmo", diz Luciano. "Férias só mesmo em fevereiro, para curtir a família."

"O gênero sertanejo não é modismo"

De olho nas gerações de cantores que surgiram depois do boom sertanejo nos anos 1990, Zezé di Camargo & Luciano se dizem avessos a divisões no estilo, que consideram parte de um gênero perene na música brasileira.

Conforme explicam em entrevista por e-mail à Gazeta do Povo, um dos indícios desta unidade são as releituras de sucessos de 20 anos atrás que figuram nos repertórios das duplas mais jovens com uma "levada mais rápida", como as músicas "Como um Anjo" e "Você Vai Ver", sucessos do quarto álbum da dupla, Zezé Di Camargo & Luciano, lançado em 1994.

"[São] músicas que ainda estão na cabeça das pessoas, mas que estouram agora nas vozes de artistas do chamado sertanejo universitário", explica Luciano, que diz rejeitar a definição. "O que todos fazem é sertanejo e ponto. Pra que rótulos? Porque tem dupla que tem 20 anos de carreira, como Victor & Léo, e 10 anos, como João Neto & Frederico e Marcos & Belutti, que estão na estrada há muito tempo e fazem um belíssimo trabalho. Eles cantam sertanejo", diz o cantor, que diz gostar dos trabalhos de Gusttavo Lima e Luan Santana.

O irmão, Zezé di Ca­­­margo, concorda. "Os leigos saem divulgando este rótulo de sertanejo universitário, como já teve forró universitário e pagode universitário. Esses novos artistas fazem o sertanejo. Assim como aconteceu com a gente. Quando começamos, fomos intitulados de new sertanejo e nós recusamos este rótulo. Houve uma peneira e ficaram os que tiveram o reconhecimento do público. O mesmo vai acontecer agora", defende o cantor, que também cita Luan, além de Jorge & Matheus, entre os artistas que admira – e menciona o uso da sanfona como um dos elementos em comum entre o seu trabalho e os novos.

Para Zezé, o surgimento de novos nomes no cenário fortalece o gênero, que ele define como "a paixão nacional".

"A música sertaneja faz parte da cultura do país, portanto, a cada ano surgem novas duplas e compositores excelentes. O gênero sertanejo não é modismo", defende Zezé. "A nossa origem é sertaneja, nunca negamos e não acreditamos que algum dia o nosso gênero tenha morrido ou venha a morrer."

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