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O que se viu foram alguns minutos de homens interagindo com os esguichos, e só! | Hugo Harada / Gazeta do Povo
O que se viu foram alguns minutos de homens interagindo com os esguichos, e só!| Foto: Hugo Harada / Gazeta do Povo

Foram um tanto decepcionantes -- para quem participou da festa de abertura do Festival de Teatro nesta terça-feira (26) -- os poucos minutos de apreciação de "Homem Vertente", peça tão divulgada pela organização. Trata-se de uma coprodução entre o próprio festival e o grupo argentino Ojalá.

Pelos vídeos que a companhia disponibiliza de sua versão original, percebe-se claramente os elementos circenses, incluindo acrobacias, e o apelo semelhante ao de shows de rock, com luzes concatenadas ao ritmo da música techno. No centro da concepção artística, uma tecnologia brilhante desenvolvida pelo grupo, pela qual tubos no chão e dentro das roupas dos artistas esguicham água em jatos desenhados. Para completar, bonecos gigantes são manipulados por acrobatas, ou os manipulam, numa interação sugestiva.

Tudo isso era o que se esperava. Mas o que foi entregue foram alguns minutos de homens interagindo com os esguichos, e só. A cortina subia e descia e lá estavam eles e seus esguichos, sem evolução. Alguns formavam jatos realmente lindos, e a primeira impressão foi de surpresa – afinal, a tecnologia e a ideia original são boas.

O ator principal até deu um texto que deveria ter sugerido um pouco das metáforas inspiradoras do espetáculo. "O homem exaurindo seus recursos enquanto vive angustiado e cria beleza mesmo em meio ao caos." Seria uma leitura. O problema é que o pouco áudio apresentado no dia 26 à noite foi comprometido pela péssima acústica da Ópera de Arame – o que faz temer que, da versão completa, o espectador também saia sem conhecer o texto que ouviu. Era teatro?

Para que os bonecos não faltassem, surgem dois dragões chineses por cima do público, que saem de caixas, se sacodem um pouco...e voltam para a casinha.

O espetáculo estará em cartaz – em sua versão completa, ainda não vista pela reportagem – dias 30 e 31 de março e de 5 a 7 de abril, às 21 horas, na Ópera de Arame.

EsgotadasCom o início do festival, as filas para comprar ingressos tornaram-se frequentes nas bilheterias instaladas nos shoppings Barigui, Palladium e Mueller. Até esta terça (26), estavam esgotadas as entradas para "A Arte e a Maneira de Abordar seu Chefe para Pedir um Aumento","O Médico e o Monstro", "Em Nome do Jogo", "Esta Criança" (incluindo a sessão extra), "O Espelho", "Haikai" e "O Líquido Tátil".

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