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Siba e a banda Molungo encontraram sintonia | Dayana Luiza/ Divulgação
Siba e a banda Molungo encontraram sintonia| Foto: Dayana Luiza/ Divulgação

Colocar 200 curitibanos para dançar forró dentro de um espaço apertado não é tarefa fácil, mas foi exatamente o que aconteceu no show que juntou o Molungo, grupo local, e o músico recifense Sérgio de Oliveira, o Siba, no último sábado, 26.

Por comportar uma pequena quantidade de pessoas, o Teatro do Paiol lotou com um público específico – nitidamente formado por muitos amigos da banda curitibana –, que acompanhou com fidelidade as músicas e cantou todas as letras, tanto de Siba quanto do Molungo.

O convidado mostrou algumas de suas composições mais conhecidas, como "Ariana" e "Gavião" – essa última, da banda de manguebeat Mestre Ambrósio, na qual Siba iniciou sua carreira musical. No entanto, durante boa parte do show, Siba ficou no camarim, enquanto o Molungo, que conta com bons instrumentistas, fez uma apresentação tecnicamente invejável. Porém, mesmo com a energia e as danças ao melhor estilo tribal dos músicos, a banda teve dificuldades para animar a plateia, que permaneceu atenta, mas sentada.

O ponto forte do show foi no início, com a poderosa apresentação de uma música do novo disco do Molungo, Mais Agreste. Muitos tambores, dois pés no candomblé e um contrabaixo marcante, além da participação especial de Siba no violino, resultaram em uma abertura empolgante. Quando o recifense retornou ao palco, mais uma vez o show ganhou força.

Não dá para dizer que a junção da música popular pernambucana com os ritmos africanos e "misteriosos" do Molungo não funcionou. As guitarras elétricas, marcantes no disco solo de Siba, Avante (2012), cumpriram o papel de dar uma sonoridade moderna às composições. A intimidade entre artistas e plateia contribuiu para a boa energia que tomou conta do show e a noite terminou com o público inteiro em pé, dançando ao som de "Fuá na Casa de Cabral", do Mestre Ambrósio.

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