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Os Pinguins do Papai: metáfora sobre a importância da família traz Jim Carey em atuação madura | Divulgação
Os Pinguins do Papai: metáfora sobre a importância da família traz Jim Carey em atuação madura| Foto: Divulgação

Um filme simpático, daqueles em que a mensagem é facilmente perceptível. O que há de diferente em Os Pinguins do Papai (confira trailer, fotos e horários das sessões; atenção à data de validade da programação em cinza), filme de Mark Waters que estreia nesta sexta-feira nos cinemas do país, no entanto, é exatamente a forma como a "boa moral" sugerida nos chega: por meio de seis pinguins, que viram de cabeça para baixo a vida de Tommy Popper, interpretado por um maduro Jim Carrey.

Bem-sucedido empreiteiro de Nova York, Popper é um solitário. Não tem com quem conversar no grande e moderno apartamento em que mora. Vê os dois filhos apenas nos finais de semana, e ainda tem uma quedinha pela ex-mulher Amanda (Carla Gugino), que agora namora um homem mais novo.

Mas em uma manhã de inverno, recebe uma caixa. Dentro dela, um inesperado pinguim congelado. É um suvenir da Antártica, último presente de seu pai, recém-falecido e totalmente ausente na vida de Popper.

Depois de tentativas frustradas de se livrar do bicho, mais cinco deles chegam para literalmente lhe fazer companhia. Seu apartamento – agora congelado – se transforma em um viveiro. Os pinguins – são seis, cada um com características e nomes próprios – são o meio de Popper voltar a se relacionar com a família, já que os pássaros são "o melhor presente de aniversário do mundo" para o filho mais novo.

É dessa maneira que Popper consegue conversar sobre o namorico da filha adolescente. É assim que joga bola com o filho – e com os pinguins – no parque, e que consegue marcar um jantar com a ex-mulher.

Sua vida atual, enfim, resume-se aos bichos que, mais unidos do que a família de Poppers, procriam e brincam, felizes da vida. Interpretado com segurança por um Jim Carrey que está mais para aquele ator de O Show de Truman do que para o maluco de Ace Ventura, o protagonista chega a rever seus conceitos em relação ao emprego e a finalmente falar do pai, figura importante, mas simbólica em sua vida.

Adaptado de um livro do casal Richard e Florence Atwater escrito em 1938, Os Pinguins do Papai é uma grande metáfora sobre a família. A necessidade do afeto, do diálogo e da compreensão é o que sobra no final do filme. Ainda que isso seja transmitido com a ajuda de seres bizarros que andam de­­­sen­­­gonçados com suas grandes patas laranjas.

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