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Os atores de cinema e televisão aumentaram a pressão sobre os grandes estúdios de Hollywood, na quarta-feira, quando seus negociadores, diante do impasse nas conversações com os produtores, buscaram apoio para pedir aos filiados do sindicato autorização para declarar uma greve.

Os negociadores contratuais do Sindicato de Atores de Cinema e Televisão (Screen Actors Guild, ou SAG), o maior sindicato americano de atores, com 120 mil filiados, aprovaram uma resolução pedindo o endosso do conselho nacional do SAG para que os filiados possam votar na possibilidade de fazer uma greve, que, se ocorresse, seria a segunda greve deste ano em Hollywood.

A Aliança dos Produtores de Cinema e Televisão (AMPTP), que representa os principais estúdios, retrucou com um comunicado indagando "será que este é o momento adequado para qualquer categoria no setor do entretenimento estar falando na possibilidade de fazer greve?".

Mas a SAG disse que o voto de autorização de greve por parte de seus filiados "é necessário para superar a intransigência dos patrões."

Um voto de autorização de greve não é um voto para decidir se será iniciada uma greve, mas é algo que dá mais poder aos líderes sindicais nas negociações contratuais que estão paradas desde julho, depois de a AMPTP ter feito uma oferta final.

A indústria do entretenimento corre o risco de sofrer outra parada de trabalho, após a greve dos roteiristas, que começou em 2007 e se estendeu para este ano, suspendendo a produção de filmes e programas de televisão.

A greve dos roteiristas, centrada em grande parte nas reivindicações relativas a trabalhos transmitidos na Internet, durou cerca de 14 semanas e custou à economia local até US$ 3 bilhões em receita perdida, segundo estimativas.

A resolução do SAG vem após várias trocas de farpas entre o sindicato e a aliança dos produtores, nos últimos dias.

No início da semana o Comitê Nacional de Negociações do SAG, que aprovou a resolução da quarta-feira, enviou uma carta à AMPTP e aos executivos de estúdios chaves pedindo a retomada das negociações formais e destacando que o trabalho em novas mídias era o problema chave.

Os estúdios responderam que sua oferta final, feita em junho, era compatível com os contratos fechados por roteiristas e diretores e que a AMPTP não achava que novas negociações seriam producentes.

Na quarta-feira, a AMPTP disse em seu comunicado que "é irrealismo por parte dos negociadores do SAG quererem termos ainda melhores agora" que os obtidos pelos outros sindicatos.

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