Skank apresenta a homogeneidade de "Carrossel"

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Os mineiros do Skank estarão em Curitiba na noite desta sexta-feira (16) para apresentar as músicas do novo CD Carrossel e grandes sucessos que marcaram a trajetória da banda. Eles abrem a maratona de shows que acontece neste fim de semana. O tecladista do grupo, Henrique Portugal, bateu um papo com a Gazeta do Povo Online e falou sobre a espera por este lançamento, repertório, parcerias e o retorno à capital. Confira os principais trechos da entrevista.

GP Online - Samuel Rosa afirmou ao lançar o disco que este é o disco mais homogêneo da banda. Por quê?Henrique Portugal - Eu acho que este é um disco que tem canções mais harmônicas e também músicas diretas. Misturando o inicio do Skank, quando as músicas eram bem diretas, e os discos mais recentes, com canções mais elaboradas.

A banda lançou o Cosmotron em 2003. Em 2004 foi lançada a compilação "Radiola" por força de um contrato com a gravadora e entraram algumas músicas inéditas. Por que este disco totalmente de inéditas demorou a ser lançado?Este disco demorou para ser lançado porque ficamos o primeiro semestre do ano passado compondo e gravando no nosso estúdio (Estúdio Máquina), em Belo Horizonte. Com a proximidade da Copa do Mundo resolvemos esperar o evento passar, pois como gostamos muito de futebol (e as pessoas sabem e comentam isto), achamos mais prudente separar as coisas. Foram compostas 25 canções e como estabelecemos um prazo para a escolha do repertório, no final escolhemos 15 músicas.

Dez músicas ficaram de fora do disco, quais critérios vocês utilizaram para definir as faixas que fariam parte de Carrossel?Há a intenção de aproveitá-las em um próximo trabalhoEsta escolha foi baseada na preferência das pessoas que trabalharam na produção do disco e alguns amigos. Na verdade, se a escolha fosse feita uma semana depois da data que nós definimos talvez a lista sofresse alguma modificação. Mas acho que a seleção final ficou muito boa! Algumas das que ficaram fora da escolha talvez sejam aproveitadas num próximo disco, como aconteceu com a música "Acima do sol" que ficou de fora do Maquinarama e que acabamos gravando no "Ao vivo MTV".

As músicas "Uma Canção é Para Isso" e "Mil Acasos" já estão na boca do povo, como "É Uma Partida de Futebol" e "Vou Deixar", por exemplo. Como foi a escolha pelo primeiro hit e quais as próximas apostas de sucesso do CD?A música "Uma canção é pra isso" foi escolhida depois de muita conversa entre a banda e também com a anuência da gravadora. A atual música de trabalho, "Mil acasos", está indo muito bem nas rádios e já podemos ver o uma ótima receptividade do público a ela nos shows. Com relação à próxima música de trabalho, eu gostaria de aproveitar a ocasião e convidar os fãs da banda para entrarem no site do Skank e deixarem a sua opinião sobre esse tema.

A parceria com Nando Reis já é conhecida, tendo começado com "É uma partida de futebol". Como aconteceu as parcerias com Humberto Effe (Picassos Falsos), nas músicas "Cara Nua" e "Notícia", e com Arnaldo Antunes, em "Trancoso"?O Humberto Effe escreve muito bem e tem uma característica própria ao escrever. Já com o Arnaldo Antunes tudo começou literalmente quando o Samuel e ele se encontraram em Trancoso, nas férias de verão, no início do ano passado. A idéia era falar um pouco do momento de estar à beira-mar e recordar os bons momentos que aconteceram nesta situação. Creio que, assim como nós mineiros o povo de Curitiba também não vive numa cidade litorânea, de alguma forma, vocês também vão se identificar com essa música.

O que o público de Curitiba pode esperar para o show desta sexta-feira?Particularmente (e também acho que isso é um consenso no Skank) acho que tocar em Curitiba é muito bom. Durante alguns álbuns do Skank, a gente sempre começava ou terminava uma turnê por Curitiba. Como já faz algum tempo desde a nossa última apresentação aqui, vamos tocar muita música conhecida e também algumas do Carrossel para que os curitibanos possam conhecer um pouco mais do álbum.