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Faichecleres: banda agora conta com um novo baixista, Ricardo Junior (primeiro à direita). | Divulgação
Faichecleres: banda agora conta com um novo baixista, Ricardo Junior (primeiro à direita).| Foto: Divulgação

Os fãs de circo não têm do que reclamar. Depois de uma temporada sem muitas atrações do gênero, a cidade foi "invadida" por um bom número de espetáculos que resgatam a magia do picadeiro, um pouco esquecida no país.

Este mês a cidade recebeu os palhaços contemporâneos dos Parlapatões e os bonecos do Pia Fraus em Stapafúrdyo, que fica em cartaz na Pedreira Paulo Leminski até dia 24 de junho. Com um molde mais tradicional, o Circo Stankowich iniciou, também este mês, sua temporada ao lado do estádio Pinheirão. E enquanto as filas para compra de ingressos para o Cirque du Soleil – que inicia sua temporada em setembro – não param de crescer, desembarca em Curitiba o Cirk Bolshoi, em única apresentação esta terça-feira. Os russos sobem ao palco do Guairão às 20h30, em um show adaptado para as dimensões do teatro, já que normalmente o espetáculo é apresentado em ginásios de esporte.

"O Cirk Bolshoi não traz grandes produções de cenografia, mas um show de talentos. A grande ênfase é nas habilidades individuais", explica Augusto Stevanovich, produtor da turnê latino-americana. Depois de Curitiba, o Bolshoi viaja para outras capitais brasileiras e para o Chile e Argentina.

Com sede em Moscou, o Cirk Bolshoi funciona como uma grande escola de talentos mantida pelo Estado, com uma média de cinco mil alunos vindos de várias cidades da Rússia. Todos os anos, artistas são selecionados para realizar as turnês mundiais. A vinda ao Brasil pretende abrir uma nova rota para os espetáculos na América Latina, explica o produtor.

A apresentação é dividida em pequenos atos sem uma dramaturgia como pano de fundo, o que diferencia a escola dos chamados "novos circos", como o Soleil. Estão presentes números de dança, malabares, equilíbrio, contorcionismo, acrobacias aéreas e solo e ilusionismo. "Adaptamos o show para um formato mais famíliar e dinâmico, com artistas bastante jovens e de grande talento", conta Stevanovich. A média de idade dos 37 integrantes da turnê é entre 18 e 30 anos. A exceção é Tatiana Holmiskaya, de 67 anos, que comanda o show de nanaika, bonecos acrobatas típicos da Rússia e faz equilibrismo sobre a plataforma.

A direção de palco e coreografia é assinada pela russa Yulia Simonova, ex-miss Moscou e responsável por girar até 48 bambolês de uma só vez.

Artistas premiados compõem o elenco, como os equilibristas Oleg e Aleksei Kurinsk – pai e filho – que apresentam uma perfomance corporal inédita em solos brasileiros. A jovem Alena Okunkova, de 20 anos, se equilibra sobre correntes e chega a dar cambalhotas sobre elas, enquanto a siberiana Alena Zavyalova, premiada no Festival de São Petersburgo, realiza inusitados números de contorcionismo sobre as mãos.

O mágico Recoder Rheingantz – premiado no Congresso Mundial de Mágicos, em Monte Carlo – apresenta um número de ilusionismo criado pelo norte-americano David Copperfield e conta com a participação do público. E como circo não é circo se não tiver palhaços, Yuri Maslov e Nicolay Petrovisk se encarregam se arrancar boas risadas da platéia.

Serviço: Cirk Bolshoi. Espetáculo com a companhia de Moscou. Dia 19 de junho, às 20h30. Teatro Guaíra (Praça Santos Andrade, s/n.º) (41) 3304-7900. Ingressos antecipados a R$ 50 (platéia), R$ 30 (1.º balcão) e R$ 25 (2.º balcão). No dia, R$ 80 (platéia), R$ 70 (1.º balcão) e R$ 60 (2.º balcão). Estudantes, pessoas com mais de 60 anos, Clube do Assinante e Cartão Teatro Guaíra pagam meia-entrada.

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