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TEATRO

Ator curitibano interpreta homofóbico em musical

Em cartaz no Rio, “O Beijo no Asfalto” adapta conhecida peça de Nelson Rodrigues

Gabriel Stauffer atuou em “O Grande Circo Místico” em 2014. | Iaê Stauffer/Divulgação
Gabriel Stauffer atuou em “O Grande Circo Místico” em 2014. (Foto: Iaê Stauffer/Divulgação)

Os ventos sopraram a favor do curitibano Gabriel Stauffer quando precisou substituir às pressas o protagonista de “O Grande Circo Místico”, em 2014. Foi a chance de aparecer na cena de musicais do Rio de Janeiro e mostrar trabalho.

Depois vieram “Uma Bagunça no teu Coração”, em que ele cantava 24 músicas, e “S’imbora – O Musical, a História de Wilson Simonal”, no qual viveu o músico Carlos Miele, morto na última quarta-feira (14).

Agora Gabriel está em cartaz com “O Beijo no Asfalto”, musical que adapta a peça de Nelson Rodrigues, com direção de João Fonseca, especialista na obra do dramaturgo.

Seu personagem é Werneck, colega de trabalho de Arandir, o protagonista. Na trama, Arandir testemunha um atropelamento e ouve o último pedido do moribundo: um beijo. Concede. A imprensa sensacionalista fotografa e surge todo tipo de escândalo – estamos por volta dos anos 1960.

Quem põe lenha na fogueira é Werneck, que escarnece de Arandir na firma e os dois quase vão às vias de fato. “É um homofóbico que atrapalha muito o protagonista”, conta Gabriel Stauffer. “É alguém que não consegue compreender a beleza do ato, um intolerante.” A cena em que ele aparece dura cerca de 8 minutos e inclui uma canção solo dele.

Arandir é vivido pelo autor do roteiro e das canções, Cláudio Lins (filho de Ivan Lins). Caso ele precise faltar a alguma das apresentações (as substituições são comuns em musicais), quem entra em cena é... Gabriel! Nesse caso, o ator curitibano participa de quase todas as cenas, visto que a história é contada a partir do final trágico em que Arandir é morto pelo sogro – dessa forma, seu fantasma assiste mesmo aos colóquios em que ele não está presente.

O espetáculo fica em cartaz no Rio no Sesc Ginástico até dezembro, e depois vai ao Teatro das Artes, também no Rio. Resta torcer para a peça vir em breve a Curitiba.

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