• Carregando...
Bailarinos gaúchos contracenam com os solistas. | Adriana Marchiori/Divulgação
Bailarinos gaúchos contracenam com os solistas.| Foto: Adriana Marchiori/Divulgação

Em meio à escassez de apresentações de ópera na cidade, surge neste fim de semana a oportunidade de acompanhar a montagem de um trabalho raro. “A Bela e Fiel Ariadne” (Die schöne und getreue Ariadne) data de 1691, com autoria do alemão Johann Georg Conradi. Ganha aqui tons contemporâneos e encenação com a presença de bailarinos. As apresentações acontecem apenas no sábado (13) e no domingo na Capela Santa Maria. Na sexta-feira (12), uma récita especial para crianças terá um coro infantil e corte das cenas mais “picantes”.

Trata-se de uma ópera barroca, inscrita num período histórico em que o grande destaque era dado à palavra cantada e interpretação do texto do libreto. Já as óperas românticas, que vieram na sequência, passaram a privilegiar o “gênio” do músico (de grandes nomes como Verdi e Wagner) e o virtuosismo dos solistas.

Serviço

A Bela e Fiel Ariadne

Capela Santa Maria Espaço Cultural (Rua Conselheiro Laurindo, 273)

Dias 13 e 14 (sábado e domingo), às 19 horas

Récita para crianças: dia 12 (sexta-feira), às 14h30

Ingressos: R$ 20,00 e R$ 10,00

Mais informações no Guia.

No mito grego de Ariadne, a jovem é apaixonada pelo rei de Atenas, Teseu, e o ajuda a matar o Minotauro que aterroriza a cidade. Para isso, ela lhe fornece o mágico “fio de Ariadne”, capaz de guiá-lo para fora do labirinto onde habita a fera. O nó dramático se dá no retorno, quando Teseu abandona a moça e foge com a irmã dela, Fedra. O final só é salvo das lágrimas com a chegada de Baco, por quem Ariadne se encanta.

O projeto de resgate dessa peça é fruto de uma parceria entre estudiosos de música antiga da UFPR e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com direção geral de Lucia Becker Carpena e Silvana Scarinci. O canto é em alemão, com legendas em português e direção musical de Diego Schuck Biasibetti.

A encenação, a cargo de Camila Bauer, procura humanizar os personagens, escapando do estigma de vilão e mocinho. Dessa forma, Teseu e Fedra não são demonizados, destacando-se o conflito interior por que passam ao se apaixonar e trair Ariadne.

Num viés contemporâneo, as cenas de amor incluem sensualidade e erotismo. “É ‘hot’”, brinca Silvana, da UFPR.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]