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Fábio Espósito (esq.) ganhbou prêmios pelo papel de Picasso. | Julieta Bacchin/Divulgação
Fábio Espósito (esq.) ganhbou prêmios pelo papel de Picasso.| Foto: Julieta Bacchin/Divulgação

Personagens históricos são excelentes no palco pela curiosidade que atraem. Bom mesmo é quando recebem um tratamento ficcional que deixa a imaginação livre, como é o caso de “O Menino Que Mordeu Picasso”, em cartaz neste sábado (17) e domingo (18) no Teatro da Caixa, com apresentações às 15h e 17 horas.

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A trama é livremente inspirada no livro homônimo do fotógrafo britânico Antony Penrose, que conta seu encontro quando criança com o pintor espanhol. Os pais dele mantinham uma fazenda na Inglaterra e lá receberam Picasso em férias, na década de 50 (o local abriga hoje sua coleção e o acervo Lee Miller, que ele dirige). O garoto, cujo pai também era pintor, não desperdiçou a oportunidade, tendo sido fortemente influenciado por aura artística e ensinamentos de Picasso, com quem se reencontraria no futuro, na França.

Na peça que chega à cidade, Fábio Espósito (Picasso, papel pelo qual recebeu os prêmios da Associação Paulista dos Críticos de Arte e Femsa de Teatro) contracena com Rodrigo Pavon (de 28 anos), que faz o menino. Nas conversas que mantêm, entram a arte e questionamentos sobre a vida de adulto. Fica como surpresa o que leva o menino a executar a ação que dá título à obra.

Como num feliz encontro entre as artes visuais e o teatro, o cenário (Marisa Bentivegna) absorve o estilo de Pablo Picasso, situando a história num ateliê repleto de reproduções de obras do pintor. “A peça é toda recheada com o universo dele”, contou à Gazeta do Povo o diretor e autor Marcelo Romagnoli.

A inspiração veio do último ateliê mantido pelo artista, o que toca também o figurino, que parte de suas últimas fotografias, usando listras bem francesas (o artista adotou a França como morada) e suspensórios.

A música é marcada por tons de Espanha, fazendo ainda alusões às touradas, referência presente na pintura de Picasso.

O clima geral é de elogio à infância, tema que, na visão de Romagnoli, tem tudo a ver com a obra do artista. “Seu universo é mais simbólico, sua pintura tem traços infantis, liberdade de criação”, diz.

Exposição

Aproveitando um tema tão rico visualmente, uma exposição montada no hall de entrada da Caixa Cultural apresenta um pouco sobre a vida e a obra de Pablo Picasso.

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