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 | Flaviana OX/Divulgação
| Foto: Flaviana OX/Divulgação

A visualidade e alternância de quadros das revistinhas fazem parte da concepção de “Gibi”, espetáculo que o grupo Lamira traz de Tocantis para apresentações nesta quinta (22) e sexta-feira (23), no Teatro Fernanda Montenegro.

Além das influências dos quadrinhos, a peça tem relações com o mundo dos palhaços, a música clássica e a dança contemporânea. Tudo isso num universo aberto às crianças e suas risadas.

O primeiro grande impacto é o cenário de João Vicente, formado por 6 a 8 folhas de papel vegetal com 3 metros de altura e 5 de largura em que há diversos retângulos desenhados, como se pode ver na fotografia: o resultado sugere as janelas de um prédio ou uma página de gibi.

Através desses compartimentos, os cinco atores rasgam o papel para interagir com os demais atores em cena – o que provoca surpresa e alegria efusiva entre a plateia mirim.

Ao mesmo tempo em que fazem seus movimentos desajeitados – imagine um clown dançando uma coreografia contemporânea – ouvem-se “hits eruditos”, passando pelo violoncelo de Bach, o bolero de Ravel, as “Quatro Estações” de Vivaldi, todos com alto teor emotivo.

Veja aqui trechos do espetáculo:

“Gags”

A construção das esquetes inclui as típicas piadas corporais dos palhaços (“gags”), em narrativas isoladas que têm, muitas vezes, relação com a leitura.

Para elaborar a personalidade e ações desses seres, os personagens do cartunista tocantinense Geuvar Oliveira serviram de inspiração. Ele é autor das histórias em quadrinho “Liga do Cerrado”, em que os super-heróis têm poderes esdrúxulos como “cheiro de sovaco”. Entre suas criaturas estão ainda a “Maria Paulada”, o “Homem Pichilinga”, o “Cariocal” e o “Senhor Gambiarra”.

Infantil

Gibi

Teatro Fernanda Montenegro (R. Coronel Dulcídio, 517 – Batel). 5ª às 17h. R$ 20 (inteira) R$ 10 (meia). Classificação indicativa: livre.

“A criança tem um poder de imaginação fantástico, tudo vira mágico quando eles estão assistindo”, contou à Gazeta do Povo a autora do espetáculo, Carolina Galgane.

Com direção artística e coreografias de João Vicente, esse é o primeiro espetáculo da companhia que utiliza a linguagem de palhaços – e é curioso que, apesar de o clown ser muito frequente em produções infantis, muitas crianças tenham medo quando ele aparece. “No nosso espetáculo os palhaços começam dormindo e vão acordando, têm uma relação com a plateia que afugenta todo esse medo”, garante Carolina.

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