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Estética da peça procura ser de um “absurdo estético”. | Lauro Borges/Divulgação
Estética da peça procura ser de um “absurdo estético”.| Foto: Lauro Borges/Divulgação

Assim como nas traduções de uma língua para outra, alguns textos requerem uma adaptação regional para serem bem recebidos. Foi o caso do espetáculo “Primavera leste”, que estreia nesta quinta-feira (28) no Teatro Novelas Curitibanas.

A partir de uma peça do carioca Diogo Liberano, considerada de uma violência explícita demais para nosso gosto local, Vito Konigsberg retrabalhou o tema de forma a deixá-lo mais “Dalton Trevisan”, nas palavras do diretor Dimis Jean Sores. “Eu não conseguiria montar o texto original, que era muito ‘Cidade de Deus’. Nossa realidade em Curitiba é muito diferente do Rio. Nossa versão tem humor negro e aspectos absurdos”, explica.

Serviço

Primavera Leste

Teatro Novelas Curitibanas (R. Pres. Carlos Cavalcanti, 1.222 – São Francisco), (41) 3321-3358. 5ª a dom. às 20h. Até 15/5. Entrada franca. Classificação indicativa: 16 anos.

Na trama, três estudantes sequestram sua professora de História na UFRJ porque reprovaram na matéria. O cativeiro se torna um espaço de diálogos estranhos, com lugar para paixão e morte à Romeu e Julieta.

A forma como isso é encenado é um minimusical de sete canções, em que os próprios atores tocam instrumentos num clima de deboche artesanal. As composições foram criadas por Dimis e Enzo Veiga a partir do clima da obra de músicos como Tom Waits, Chico Buarque e Lou Reed. “Sempre me inspirei muito em Tom Waits”, conta o diretor. “Para mim ele tem uma poesia cruel.”

Outro aspecto típico das produções do diretor é o apuro visual, com figurinos e maquiagens estetizados.

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