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Fedra e Hipólito, do americano Christopher Park, teve estreia mundial em Belo Horizonte | Divulgação
Fedra e Hipólito, do americano Christopher Park, teve estreia mundial em Belo Horizonte| Foto: Divulgação

Espetáculos de ópera em cartaz em diversas capitais brasileiras têm em comum a modernidade e o ineditismo. Em São Paulo, The Turn of the Screw (A Volta do Parafuso) ganha sua primeira montagem nacional e The Rake’s Progress chega ao prestigiado Theatro Municipal; Olga, que integra o Festival de Ópera de Brasília, faz a primeira apresentação após a estreia de 2006; e Fedra e Hipólito tem sua estreia mundial em Belo Horizonte, com regência do próprio compositor.

The Rake’s Progress, ou A Carreira do Libertino, em cartaz de hoje e terça-feira, é uma obra do período "neoclássico" de Igor Stravinski (de A Sagração da Primavera). O libreto relata a decadência de Tom Rakewell, que abandona a namorada Anne Trulove para ir atrás de uma herança e acaba louco. No epílogo, a moral ensina que, "para as mãos ociosas e os corações e mentes, o Diabo sabe encontrar o que fazer".

A ambientação criada por Jorge Takla se passa nos anos 1950, utilizando 200 figurinos. "É uma ópera bufa, ao mesmo tempo em que é fábula surrealista, com camadas que pode-se olhar por aspectos psicanalíticos. É muito engraçada", defende ele.

The Turn of the Screw está em cartaz no Theatro São Pedro, em São Paulo. A obra é a versão musicada de Benjamin Britten para o livro de mesmo nome de Henry James. Calcada no simbolismo, mostra seres fantasmagóricos em busca da alma de dois irmãos. Uma "ópera de suspense".

Brasileiro

Se quiser escolher uma ópera em outra cidade para assistir, a sugestão do maestro Osvaldo Colarusso é Olga, que ele considera uma obra-prima e a ópera brasileira mais importante do século 21, em cartaz na primeira semana de julho no Festival de Ópera de Brasília.

"Todo mundo deveria conhecer, primeiro pela história triste [da extradição para um campo de concentração da mulher de Luis Carlos Prestes, Olga Benário] e também porque musicalmente apresenta inúmeras surpresas."

Produzida a convite de mineiros, Fedra e Hipólito é uma ópera do norte-americano Christopher Park que estreou ontem no Palácio das Artes de Belo Horizonte. A história apresenta uma versão da tragédia grega de Fedra, apaixonada compulsoriamente por seu enteado – por desejo de Afrodite. Enquanto seu marido, Teseu, está fora, ela se mata, deixando uma carta falsa.

"A ópera está mais viva do que nunca", defende a diretora Lucia Tristão, que ouviu uma leitura da obra em Nova York e fez o convite.

Em Curitiba, o segundo semestre trará concertos do programa Ópera Ilustrada na Capela Santa Maria – infelizmente, montagens de grande porte não se veem no horizonte.

Calendário

Agende-se para aproveitar suas viagens e ir à ópera:

Theatro Municipal de São PauloThe Rake’s Progress (A Carreira do Libertino), de Igor Stravinski: Dias 16, às 18 horas, e 18 de junho, às 20 horas. R$ 40 a R$ 100.

A temporada 2013 tem início dia 4 de agosto, com Aída, de Giuseppe Verdi.

Theatro São Pedro, em São Paulo

The Turn of the Screw (A Volta do Parafuso), de Benjamin Britten: Hoje e dias 18, 20, 22 de junho, às 20h30. R$ 60 (plateia); R$ 30 (1º balcão) e R$ 20 (2º balcão).

3.º Festival de Ópera de Brasília

Carmen, de Georges Bizet: 17, 19 e 20 de junho, às 20 horas.

200 Anos de Verdi e Wagner: 25 e 26 de junho, às 20 horas.

Olga, de Jorge Antunes: Dias 3, 5 e 7 de julho, às 20 horas. R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada).

Palácio das Artes, em Belo Horizonte (MG)

Fedra e Hipólito, de Christopher Park: Hoje, às 19 horas, e dias 18, 20 e 21, às 20h30. R$ 60 e R$ 30 (meia-entrada).Teatro Municipal do Rio de JaneiroA Valquíria, de Richard Wagner: Dias 14 (esgotado), 17 e 19 às 19 horas e 21 de julho (esgotado). R$ 25 a R$ 84.

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