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Cyndi Lauper apresenta o álbum "Bring ya you the brink" | Divulgação
Cyndi Lauper apresenta o álbum "Bring ya you the brink"| Foto: Divulgação
  • Cyndi Lauper durante show em São Paulo
  • Irreverência da artista se manifesta nas roupas e comportamento

A diva pop norte-americana Cyndi Lauper, 55 anos, apresenta em Curitiba nesta segunda-feira (17), no Teatro Positivo, o show do seu novo disco: Bring Ya To The Brink. Em turnê pelo País, ela surpreendeu o público quando apareceu no Via Funchal em São Paulo, no último dia 13, vestindo roupa preta, já que ficou conhecida pelo visual extravagante composto por cabelos e roupas coloridas.

Cyndi foi a primeira cantora do mundo a emplacar cinco sucessos na parada de revista Billboard. As comparações com Madonna, que iniciou carreira na mesma época, foram uma constante na sua carreira. "Esta pergunta parece estar acima de tudo, mas a minha resposta tem sido sempre a mesma. Tenho muito respeito por Madonna. É uma das mulheres mais competentes da indústria fonográfica e contribuiu muito para que surgissem outras mulheres cantoras que hoje são ouvidas", disse Cyndi sobre a suposta rivalidade.

Em entrevista exclusiva à Gazeta do Povo, por e-mail, a artista disse que ainda se considera diferente, e promete cantar antigos sucessos no show desta segunda-feira na capital paranaense. "Minha música celebra o que é feito de diferente. Ainda amo executar as canções que meus fãs conhecem e amam. De alguma forma, isto nos leva a uma época especial de nossas vidas."

Confira a entrevista com Cyndi Lauper na íntegra:

Seu primeiro álbum, "She´s So Unusual", de 1983, foi um grande sucesso e você tinha uma aparência que combinava com o disco. Você se considera ainda uma pessoa diferente?

Se eu ainda me considero diferente, fora do comum? Sim, claro! Sou assim... Minha música celebra o que é feito de diferente.

No Brasil, existe um movimento de reviver a década de 80, época em que você surgiu no cenário internacional. Você tem saudades desta época?

Sempre vou olhar para trás, para os anos 80. Eu aprecio o que foi este tempo. Era muito divertido! Eu ainda tive bastante sorte de fazer o que amo, que é a minha música. Se não fossem os anos 80, não seria o que sou, entende? Não apenas minha música, mas minha vida andou para frente nesta época. Tenho conseguido continuar me movendo para frente.

Ainda na década de 80 havia comparação com a Madonna. Até foi alimentada uma suposta rivalidade entre vocês. Esta rivalidade existiu? Você acompanha o trabalho da Madona?

Esta pergunta parece sempre vir acima de tudo, mas a minha resposta tem sido sempre a mesma. Eu tenho muito respeito pela Madonna. É uma das mulheres mais competentes da indústria fonográfica e contribuiu muito para que surgissem outras mulheres cantoras que hoje são ouvidas. Eu penso que isto é surpreendente.

Você sempre canta seus principais sucessos como "Time After Time", "True Colors" e "Girls Just Want to Have Fun" nos shows?

Eu ainda amo executar as canções que meus fãs conhecem e amam. De alguma forma, isto nos leva a uma época especial de nossas vidas.

Seu último disco, "Bring ya you the brink", é um álbum dançante. O show também é dançante?

"Bring ya you the brink" definitivamente é um disco dançante. Eu amo dançar e assim conquisto meus fãs. Mas não estou certa se meu show é dançante. Eu vou lá e apresenta minhas músicas. Mas eu gostaria de ver todo mundo em pé e dançando.

Sobre os artistas contemporâneos. Quem você mais admira?

Adorei trabalhar com Beth Ditto, vocalista da banda The Gossip. Ela é realmente fenomenal. Tem alguma coisa mágica sobre ela. Também gosto da Lady Gaga (cantora de dance pop norte-americana). Ela está por cima neste momento. Sua ética de trabalho é surpreendente. Ela está em uma missão.

Quais são suas referências sobre música popular brasileira? O que mais te chama atenção no Brasil?

Adoro os Gilbertos (Gilberto Gil e João Gilberto), Milton Nascimento e Caetano Veloso. Também gosto das coisas novas que estão surgindo não só no Brasil, mas na América do Sul, como o Bajofondo. Sei que não são brasileiros, mas parece combinar sons e gêneros diferentes da região. Eu também amo Eliane Elias, Flora Purim, Dalva de Oliveira. Pessoas sensuais, música sensual...

Em 2008, você fez três turnês, uma pela Japão, outra pela Europa e agora pela América Latina, incluindo o Brasil. Quais são seus planos para 2009?

Tenho muitos planos para 2009. Após estar em excursão por três meses, a primeira coisa que quero fazer é passar o tempo com meu marido e meu filho. Também estou preparando uma residência True Colors em Nova York, um local onde os moradores vão pagar o que puderem e desenvolver atividades educativas e sociais no Harlem. Aguardem o True Colors 2009.

Você já atuou em cinema e televisão. Você gosta deste trabalho?

Definitivamente, amo atuar e dirigir. Fui bastante afortunada nas minhas experiências na TV, no cinema e na Broadway. O meu álbum novo realmente me manteve ocupada, mas planejo atuar e dirigir em um futuro próximo. Vocês terão que prestar atenção para saber o que estarei fazendo.

Você também ficou conhecida por defender os direitos dos homossexuais. Você acredita que houve um avanço nesta questão desde a década de 1980 até os dias atuais?

Houve muito progresso, mas ainda há um longo caminho a seguir. Apenas recentemente na Califórnia houve uma decisão da Suprema Corte de Justiça que permite o casamento entre homossexuais. Porém, outra decisão eliminou o direto de matrimônio entre pessoas do mesmo sexo. Eu não consegui compreender.

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