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Materiais descartáveis são a matéria-prima da obra de Adriana Tabalipa | Divulgação
Materiais descartáveis são a matéria-prima da obra de Adriana Tabalipa| Foto: Divulgação

Serviço

Veja as informações desta e de outras exposições em cartaz em Curitiba no Guia Gazeta do Povo

Um dia antes de inaugurar a exposição The End Factory Project, que abre hoje às 19h30 na Caixa Cultural (veja o serviço completo da exposição), a artista plástica paranaense Adriana Tabalipa, radicada no Rio de Janeiro, completou 40 anos. O que parece ser uma comemoração ao seu aniversário foi mera coincidência, mas não menos representativo: a mostra e a performance que a artista realizará trata do seu percurso de 20 anos de produção.

Com curadoria do crítico colombiano Santiago Rueda Fajardo, a mostra traz pinturas, gravuras, desenhos e instalações – as últimas, trabalhos que cresceram ao longo dos anos –, a maioria feitos com materiais descartáveis como meias velhas, etiquetas de roupas e tampas plásticas de embalagens. Adriana procura usar essa matéria-prima, que "coleciona obsessivamente" para incitar uma reflexão sobre a sociedade de consumo. "É quase uma apropriação dos objetos. É como se, por meio deles, eu resgatasse relações de significação."

Adriana, que já expôs em Bogotá, na Colômbia, e é uma das artistas brasileiras com obras na Bienal do Porto, que acontece em Portugal. Ela traz no seu trabalho referências a artistas como Marcel Duchamp e também cita no título da sua exposição a "Factory" de Andy Warhol. "É uma menção a ele, mas de maneira ampla. Falo sobre essa reorganização de produtos e, ao mesmo tempo, de um suposto fim da fábrica."

Influência

Apesar de já carregar o sotaque carioca (está na cidade há 20 anos), Adriana Tabalipa diz que deve muito de sua formação a Curitiba. "Fazia oficinas no Museu Alfredo Andersen e no Solar do Barão. No final dos anos 1980 comecei as minhas exposições e performances aqui", diz. Foi por conta de uma Mostra Internacional da Gravura, que ocorreu na cidade em 1992, que ela conheceu o marido, Marcus André, também artista visual. "Tudo aconteceu muito rápido, fui embora para o Rio porque fui pedida em casamento. Hoje temos quatro filhos. A mostra rendeu", brinca a artista. Depois de Curitiba, a exposição segue para Brasília e Salvador.

Serviço: Adriana TabalipaCaixa Cultural (R. Cons. Laurindo, 280 – Centro), (41) 2118-5114. Abertura hoje, às 19h30. 3ª a sáb. das 9 às 20 horas. Dom. das 10 às 19 horas. Entrada gratuita. Até 10 de junho.

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